Zuckerberg vai doar 99% do que tem do Facebook, mas está abrindo mão da empresa?
Mark Zuckerberg decidiu doar, ainda em vida, US$ 45 bilhões em ações do Facebook para a caridade. Uma atitude altamente louvável que recebeu elogios de alguns dos homens mais importantes do mundo, como Bill Gates - este também um grande doador em vida para causas nobres.
Mas uma pergunta é levantada com esse tipo de atitude: ele está abrindo mão do controle do Facebook, empresa que ele fundou no começo da década passada e que é efetivamente sua cria, com esse tipo de manobra? A resposta é não, graças a uma estrutura atípica que permite com que Zuckerberg seja controlador da empresa mesmo com pouquíssimas ações em seu nome.
Atualmente, Zuckerberg tem menos de 20% das ações da rede social - avaliada em US$ 302 bilhões. Os cerca de 15% do empreendedor não seriam o suficiente para que Zuckerberg fosse o controlador da empresa. Então ele criou uma estrutura de ações diferente: mesmo com pouquíssimas ações ele tem votos o suficiente para controlar a empresa.
O empreendedor fez uma promessa de doar esses valores em vida - não mais do que US$ 1 bilhão por ano nos próximos anos. Ele já havia prometido doar sua fortuna do The Giving Pledge, de Bill Gates e Warren Buffett, então não foi grande surpresa. Mas é o primeiro grande bilionário do mundo a fazer antes dos 40 anos de idade.
Ele não liga para rankings de riqueza, mas foi bastante esperto para atingir o topo dos rankings de fortuna: hoje, ele é o 8º mais rico do mundo. O Facebook captou menos dinheiro do que conseguiria se tentasse, durante seus primeiros dias - diluindo menos sua participação que em outras startups.
Facebook foi a maior startup da história, muito maior do que o Uber é atualmente, por exemplo. E o valuation do Face era tão grande que permitiu que Zuckerberg tivesse muito mais ações de sua empresa do que seus pares: Sergey Brin e Larry Page, fundadores do Google, por exemplo, possuem atualmente "apenas" cerca de 8% de suas empresas - e foram deixados para trás por Zuckerberg.
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