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Sala vip de aeroporto tem vinho e manicure, e custa até R$ 800 por visita

Aiana Freitas

Do UOL, em São Paulo

01/09/2014 06h00

Quem viaja de avião na primeira classe ou na executiva tem, além de poltronas confortáveis, acesso a um benefício geralmente desconhecido dos demais passageiros. As companhias aéreas costumam dar, a esses clientes, entrada gratuita em salas vips em vários aeroportos pelo mundo, com direito a bebidas, petiscos e acesso à internet.

Mesmo quem não paga tão caro para viajar de avião, porém, pode ter acesso às salas vips ou lounges, como algumas vezes são chamados esses espaços. Nesse caso, é preciso pagar uma taxa, ser associado a um programa de fidelidade ou usuário de um cartão de crédito com anuidade cara.

Outra forma de entrar nas salas vips é pagando diretamente por isso, mas o preço pode chegar a R$ 800 por visita.

Fidelidade a empresa aérea garante o benefício

Clientes dos programas de fidelidade das empresas aéreas passam a ter acesso às salas vips conforme vão voando e, assim, acumulando pontos.

A brasileira TAM, por exemplo, tem salas nos aeroportos de Guarulhos (São Paulo) e Santos Dumont (Rio de Janeiro), que podem ser usadas por clientes com cartões TAM Fidelidade Vermelho, Vermelho Plus e Black, além de LANPass Premium Silver, Comodoro e Comodoro Black.

A Gol mantém salas vips do seu programa de fidelidade, o Smiles, nos aeroportos do Galeão (RJ) e Guarulhos (SP). Elas podem ser visitadas por passageiros das categorias Smiles Diamante e Ouro.

Para chegar à categoria TAM Vermelho Plus, por exemplo, é preciso acumular 50 mil pontos em voos da TAM ou das companhias associadas à oneworld dentro do período de 12 meses. Para se ter uma ideia, um voo de São Paulo a Nova York (EUA) pela TAM equivale a 5.000 pontos.

Clientes de alguns cartões de crédito também podem ter o benefício. A MasterCard tem uma sala especial em Guarulhos (SP) exclusiva para consumidores padrão Black. No Bradesco, esse cartão é voltado para quem tem renda superior a R$ 20 mil, e a anuidade custa R$ 790.

Os clientes dos cartões The Platinum Card (anuidade de R$ 1.200), American Express Gold Card (R$ 399) e Gold Corporate (R$ 250), da American Express, têm acesso a salas no Brasil e no exterior.

Alianças permitem acumular pontos mais rapidamente

Associar-se a uma aliança, como a oneworld e a Star Alliance, é outra forma de abrir caminho para as salas vips.

Também nesses casos, é preciso viajar muito para conseguir alcançar as categorias mais exclusivas desses programas, que dão direito ao benefício. Mas a tarefa é mais simples, porque o consumidor acumula pontos viajando por qualquer companhia que integre a aliança.

Sala em Guarulhos é para qualquer viajante, mas custa R$ 800 por visita

Também é possível pagar diretamente para ter acesso às salas vips. 

O Aeroporto de Guarulhos inaugurou, em abril deste ano, a Villa GRU. A sala é voltada para clientes de alto poder aquisitivo que viajam por qualquer companhia aérea, em qualquer classe. Mas o ingresso não é para qualquer um: custa R$ 800 por visita.

Outra opção é o Priority Pass. Como o nome diz, é um "passe" que dá ao cliente acesso a mais de 700 salas em vários aeroportos pelo mundo.

O plano mais barato custa US$ 99 (cerca de R$ 222) por ano. Além dessa taxa, o consumidor precisa desembolsar mais US$ 27 (R$ 60) por cada visita que fizer a uma sala vip. O plano mais caro custa US$ 399 (R$ 893) por ano e tem visitas livres, ou seja, o cliente não precisa pagar mais nada para usar as salas.

Poltronas de couro, chuveiros, manicure e vinho

As salas vips permitem que os passageiros usufruam de um conforto que dificilmente é encontrado nas áreas comuns dos aeroportos. Poltronas de couro, banheiros com chuveiro, petiscos e acesso gratuito à internet fazem parte dos serviços básicos oferecidos.

Em alguns casos, quem viaja de primeira classe pode entrar em áreas ainda mais exclusivas dentro das próprias salas, que dão direito a bebidas alcoólicas, como vinhos e champanhes, por exemplo. No Villa GRU, os diferenciais são os serviços de manicure e spa.

Mas nem sempre compensa pagar para ter acesso ao serviço, diz o fundador do site Melhores Destinos, Leonardo Marques. "As salas são interessantes principalmente para quem faz voos longos ou conexões demoradas. Mas, pelo preço cobrado, elas só compensam para quem viaja para o exterior pelo menos três vezes por ano", diz.