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UE investiga Disney de Paris por cobrança excessiva

Mickey, personagem da Disney, posa em frente ao Castelo da Bela Adormecida  - Thomas Samsom/France Presse
Mickey, personagem da Disney, posa em frente ao Castelo da Bela Adormecida Imagem: Thomas Samsom/France Presse

29/07/2015 11h39

Maior parque de diversões da Europa estaria cobrando mais de clientes dependendo de onde é efetuada a compra. Alemães chegariam a pagar quase o dobro do que franceses por pacote turístico.

A União Europeia (UE) lançou uma investigação para verificar se a Disneyland Paris, na França, está cobrando mais de clientes dependendo de onde é efetuada a compra dos ingressos. Visitantes alemães e britânicos teriam sido excluídos de promoções, por exemplo.

Segundo matéria publicada nesta terça-feira (28) pelo jornal britânico Financial Times (FT), o maior parque de diversão da Europa vinha cobrando 2.447 euros de visitantes alemães por um pacote Premium - quase o dobro do preço cobrado de turistas franceses. Pelo mesmo serviço, britânicos tinham que pagar até 1.870 euros, segundo o jornal.

De acordo com leis europeias, a Disneyland Paris pode ser julgada se forem encontrados indícios de cobrança excessiva de clientes de determinados países. "Estamos analisando uma série de queixas, incluindo várias contra a Disneyland Paris", disse à agência de notícias AFP uma porta-voz da Comissão Europeia, em comunicado.

Muitas das reclamações envolvem diferenças de tratamento "em razão da nacionalidade ou residência" do cliente. "Muitas vezes, consumidores que procuram comprar serviços ou bens em outros países-membros [da UE] são impedidos de obter o melhor preço", acrescentou a porta-voz.

Já foi solicitado ao governo francês que investigue se o parque temático está cumprindo as leis que regulamentam um comércio justo dentro do bloco europeu.

A investigação contra a Disneyland ocorre em meio a uma enorme repressão da Comissão Europeia a barreiras nacionais de comércio que afetam consumidores, especialmente em compras realizadas online.

Empresas americanas já sofreram os primeiros golpes da campanha europeia, com processos sendo abertos contra gigantes globais da internet, como Google, Apple e Amazon.

Na semana passada, a Disney também esteve entre seis grandes estúdios de Hollywood acusados de violar leis antitrustes ao usar licenças de filmes para bloquear o acesso a conteúdos de TV paga em outros países europeus.