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Jornal: Petrobras nomeia gerente envolvido em caso de ingresso de carnaval

A Petrobras recontratou um ex-funcionário afastado em 2016 por gastos de R$ 1 milhão com ingressos para camarotes de Carnaval. As informações são da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo.

O que aconteceu:

Luís Fernando Nery foi nomeado em 1º de outubro para chefiar interinamente a Gerência Executiva de Comunicação, de acordo com o jornal.

Agora, ele administra uma verba de cerca de R$ 150 milhões para a contratação de agências de publicidade, comunicação e patrocínios. Nery ocupou o mesmo cargo entre 2015 e 2016.

Nery foi indicado para o cargo interino para "driblar" o compliance da Petrobras, segundo apuração de Malu Gaspar.

Em abril, o presidente Jean Paul Prates tentou nomear Nery como gerente executivo, mas a recontratação foi vetada por causa das irregularidades do passado. Nery então foi indicado para assessor especial da Presidência, cargo que não precisa de aprovação.

A Petrobras confirmou ao Globo que Nery assumiu a nova função, mas não respondeu se ele será submetido a uma nova avaliação do compliance. O UOL também procurou a assessoria de imprensa da estatal. A matéria será atualizada se houver resposta.

Gastos com ingressos de Carnaval

Em 2016, Nery foi alvo de uma comissão interna da Petrobras após gastos de mais de R$ 1 milhão (em valores da época) em ingressos para camarotes do Carnaval baiano. O caso foi revelado pelo jornal O Globo.

Os ingressos seriam presentes para políticos e auxiliares da então presidente Dilma Rousseff. Ele também autorizou o patrocínio do trio elétrico fundado por Francisco Alberto Tripodi Filho, primo de Armando Tripodi, chefe de gabinete da Presidência da Petrobras.

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Na época, a Petrobras anunciou que Nery foi afastado no processo de renovação de comunicação da marca. A estatal também suspendeu a compra dos ingressos e sua participação no Carnaval baiano, mantendo apoio apenas aos blocos afros.

Em 2019, Nery foi demitido após fechar um acordo com a Petrobras antes do fim das investigações. Em 2020, o relatório concluiu que Nery foi responsável pelas irregularidades.

Nery também é acusado de usar seu cargo para pressionar a escola de samba Portela a escolher sua mulher, Patrícia Nery, para rainha de bateria. Na época, a Petrobras patrocinava as escolas de samba do Rio.

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