Shell avalia usar recursos do exterior para pagar parte do bônus de Libra
RIO DE JANEIRO, 21 Nov (Reuters) - A Shell avalia usar recursos do exterior e do caixa no Brasil para pagar a parte que lhe cabe no pagamento do bônus de assinatura de Libra, afirmou nesta quinta-feira um executivo da companhia.
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O bônus, no valor total de 15 bilhões de reais, deverá ser pago pelo consórcio vencedor da licitação, formado por Petrobras, a francesa Total, a anglo-holandesa Shell e as chinesas CNPC e CNOOC no final deste mês.
A empresa anglo-holandesa possui caixa no Brasil a partir de atividades de exploração e produção de petróleo, além de distribuição de combustíveis, mas pode ser necessário que uma parcela dos recursos seja obtida fora do País, disse o diretor de Relações com o Governo e Assuntos Regulatórios da Shell Brasil, Flávio Ofugi Rodrigues.
A Shell inicialmente considerava pagar sua parte exclusivamente com recursos da empresa no Brasil.
Com 20 por cento do bloco, a Shell deverá desembolsar 3 bilhões de reais correspondente ao valor do bônus.
O consórcio vencedor de Libra precisou de mais prazo para pagar o bônus de assinatura porque as estatais chinesas que compõem o grupo ainda estavam se instalando no País, disse o executivo, ao participar de evento do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), do qual participa como membro da diretoria.
As chinesas CNPC e CNOOC já possuem empresas no Brasil e o consórcio está se organizando para realizar o pagamento na nova data, dia 27 de novembro, afirmou nesta quinta-feira a jornalistas o diretor da Shell, Flávio Ofugi.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) alterou para 27 de novembro o fim do prazo para pagamento do bônus de assinatura do leilão da área de Libra.
Os recursos da Petrobras, que totalizam 6 bilhões de reais, deverão ser originados de seu caixa no País, enquanto as empresas chinesas deverão trazer de fora o dinheiro, concordou o executivo, ao ser indagado sobre o assunto.
Já petroleira francesa Total trará recursos de fora do país para pagar sua parcela no bônus do leilão de Libra, afirmou logo após o leilão diretor-geral da empresa no Brasil, Denis Besset.
(Por Sabrina Lorenzi; edição de Fabíola Gomes)
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