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Gol tem prejuízo de R$ 631 mi no 4º tri, pressionada por câmbio e despesas com derivativos

30/03/2015 21h13

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Gol (GOLL4) teve prejuízo líquido acima do esperado no quarto trimestre, sob impacto da variação cambial e perdas com derivativos, enquanto espera um resultado operacional positivo em 2015.

A companhia aérea informou nesta segunda-feira que seu prejuízo entre outubro e dezembro foi de R$ 631 milhões, ante um resultado negativo de R$ 19,3 milhões um ano antes. A média das estimativas de analistas apontava prejuízo de R$ 227,5 milhões.

O resultado foi pressionado pela variação cambial de R$ 426 milhões somada aos R$ 443 milhões de perdas com derivativos, disse a Gol em seu relatório de resultados.

No fechado do ano, o prejuízo da Gol chegou a R$ 1,1 bilhão, ante prejuízo de R$ 724,6 milhões em 2013.

"A elevada liquidez e o adequado perfil de amortização de dívidas, associado a uma reserva de ativos, criam condições de robustez financeira para enfrentar este período", disse o presidente da companhia, Paulo Kakinoff, no relatório de resultados.

A receita líquida da Gol no quarto trimestre ficou praticamente estável ante 2013, com leve alta de 0,1%, a R$ 2,729 bilhões. Os custos e despesas operacionais caíram 0,3%, para R$ 2,558 bilhões.

Já o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 22,9% no período, a R$ 264,8 milhões.

Em 2015, a Gol estima uma taxa de câmbio média de R$ 3,15 a R$ 2,95.

A companhia projeta oferta doméstica estável para 2015, reiterando sua estratégia de racionalização da oferta. O resultado operacional deve ser positivo em 2015, com uma margem operacional entre 2% e 5%, estimou a empresa em fato relevante nesta segunda-feira.

A Gol disse, ainda, que o cenário econômico adverso pode levar a revisão trimestral de suas projeções financeiras, "visando a incorporar a evolução de seu desempenho operacional e eventuais mudanças nas tendências de taxa de juros, câmbio, PIB (Produto Interno Bruto) e petróleo".

(Por Juliana Schincariol)