Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Governo quer leilões para vender hidrelétricas e Celg-D ainda em 2016

19/08/2016 13h31

19 Ago (Reuters) - O governo pretende realizar ainda neste ano leilões para a venda de concessões de hidrelétricas existentes e da distribuidora de energia Celg-D, controlada pela Eletrobras, afirmou nesta sexta-feira o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa.

Ele disse que o objetivo do governo é obter entre 11 e 12 bilhões de reais pelas hidrelétricas, em certame nos moldes de um realizado no ano passado, que arrecadou 17 bilhões de reais com a cobrança de bônus de outorga junto aos vencedores.

Já a Celg-D pode ir a leilão até novembro, mas com uma revisão de parâmetros, após uma sessão agendada para esta sexta-feira ter sido cancelada no meio da semana em meio à falta de investidores interessados e críticas ao preço teto de 2,8 bilhões de reais definido para o negócio.

"O objetivo é que (o leilão da Celg-D) seja ainda este ano e entendo que é possível... a expectativa é que até outubro ou novembro a gente consiga fazer essa venda, já em novas condições", disse Pedrosa, que falou com jornalistas após participar de evento na Câmara Americana de Comércio (Amcham).

Já o certame de concessões de hidrelétricas é alvo de conversas da pasta de Minas e Energia com a Fazenda.

"A ideia é que o processo aconteça esse ano... e os recursos decorrentes sejam recebidos pela Fazenda no ano que vem", disse Pedrosa. A Reuters havia publicado em julho que o governo pretende licitar essas hidrelétricas ainda neste ano.

As usinas que poderiam estar envolvidas na licitação são principalmente da estatal mineira Cemig, além de outros projetos menores.

Já a partir de 2017 devem ser realizados processos para a privatização de outras seis distribuidoras de energia da Eletrobras que atendem Estados do Norte e Nordeste do país e são fortemente deficitárias, disse o executivo.

"Essas empresas estarão prontas para venda no ano que vem... ao final do ano que vem elas serão vendidas ao mercado", afirmou Pedrosa.

(Por Luciano Costa; edição de Roberto Samora)