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Obama diz que economia dos EUA é "profundamente desigual"

04/12/2013 16h01

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse em discurso, nesta quarta-feira, 4, que a economia americana é "profundamente desigual". Obama falou durante evento em um auditório da Casa Branca, onde aproveitou para defender sua política para o país.

O mandatário americano afirmou que o aumento na desigualdade é um risco para a economia americana como um todo, pois prejudica o crescimento geral. O presidente defendeu também a reforma imigratória no país, que permitirá que os que vivem ilegalmente nos EUA possam "sair das sombras".

Em sua fala, Obama alertou para o risco de um "crescente déficit de oportunidade". Usou, como exemplo, sua própria história. Ele lembrou que vem de uma família de classe média, que enfrentou dificuldades em parte de sua infância, mas teve apoio do governo, que garantiu que ele pudesse, por exemplo, cursar uma boa universidade, pagando o financiamento posteriormente. Ele alertou que é preciso manter e reforçar essas oportunidades, independentemente da origem das crianças.

Aumento do salário mínimo

Obama defendeu também o aumento do salário mínimo federal. Segundo ele, isso será benéfico para a economia americana como um todo. "Se você trabalha duro, deve ter uma vida decente, deve poder sustentar uma família", disse. O presidente democrata disse, ainda, que não há evidências de que uma alta no salário mínimo provoque aumento no desemprego ? atualmente o valor do salário mínimo é de US$ 7,25 por hora trabalhada ou cerca de US$ 15 mil por ano; Obama quer propor ao Congresso uma elevação para US$ 10,10 a hora.

O presidente defendeu também a importância dos programas que garantem a manutenção do seguro-desemprego, dizendo que o Congresso precisa agir para mantê-los. Obama prometeu anunciar, no próximo mês, uma iniciativa do governo em conjunto com CEOs de grandes empresas para que sejam contratados os trabalhadores que estejam desempregados há mais tempo, tirando-os de um círculo vicioso que os afasta do mercado.

ObamaCare

Em seu discurso, Obama voltou a defender a lei de reforma da saúde, que permite acesso a qualquer americano ao sistema. A iniciativa oficial, batizada por ObamaCare, tem enfrentado muitas dificuldades para sua implementação e sofrido duras críticas. Apesar de reconhecer essas dificuldades, o presidente dos EUA reitera que 14 mil americanos deixar de ter acesso a um seguro-saúde a cada dia e que, portanto, é fundamental ampliar o acesso à saúde.

Na parte final de seu discurso, Obama disse estar disposto a aceitar as ideias da oposição republicana para resolver os problemas do país.