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TNT sai de lucro para prejuízo com despesas de reestruturação

27/10/2014 09h51

A TNT, multinacional de logística com sede na Holanda, saiu de um lucro líquido de 6 milhões de euros no terceiro trimestre de 2013 para prejuízo de 55 milhões de euros em igual período deste ano. As perdas resultaram de custos de reestruturação e de uma provisão para cobrir potenciais despesas de uma investigação por práticas anticoncorrenciais na França.

O prejuízo operacional somou 47 milhões de euros, o primeiro em cinco trimestres, depois de a companhia registrar um gasto de 50 milhões de euros relacionado com a investigação de autoridades de competição. Mais 46 milhões de euros foram pagos em reestruturações, principalmente por demissões na França. Um ano antes, a empresa teve lucro operacional de 3 milhões de euros.

Afetada pela desaceleração econômica e a acirrada competição, a TNT tem o mercado europeu como seu principal desafio. No Pacífico, o aumento de volumes e as economias de custos contribuíram para a melhora dos resultados trimestrais. Na região que compreende Ásia, Oriente Médio e África, o período também foi mais positivo, em linha com o esperado , sustentado pela melhora da qualidade da receita.

O Brasil representou o mercado em que a TNT teve o maior avanço de receita no trimestre ? de 13,7%, para 83 milhões de euros. "A recuperação no país continua, com o segundo trimestre consecutivo de lucro operacional ajustado", informa o relatório de resultados.

No total, a receita líquida da empresa recuou 2% sobre igual período de 2013, atingindo 1,65 bilhão de euros. Os esforços de contenção de custos resultaram em economias de 28 milhões de euros no trimestre e a companhia projeta que adicionem 120 milhões de euros ao resultado anual.

No fim setembro, a TNT abandonou a meta de uma margem operacional de 8% nas regiões europeias e americana. Segundo a empresa, os benefícios do programa de reestruturação devem demorar de três a cinco anos para se concretizar.

A companhia anunciou nesta segunda-feira um investimento de 185 milhões de euros em quatro anos para melhorar sua rede de entregas. Os esforços incluem a compra de mais equipamentos de automação e a diversificação de instalações.