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Ibovespa tem dia de queda, pressionado por ações de bancos

12/01/2015 15h11

O Ibovespa cai nesta segunda-feira, na contramão de Nova York e da Europa. O índice recuava 1,28% às 11h31, para 48.218 pontos. Entre as ações mais negociadas, as chamadas "blue chips", os bancos pressionam, com quedas consistentes. Itaú PN recuava 2,16% e Bradesco PN caía 2,28%.

Segundo operadores, várias notícias negativas provocam vendas das ações, que bateram sucessivas máximas ao longo de 2014 e seguem como o setor preferido dos investidores para 2015. Ontem, o jornal Folha de S.Paulo informou que a derrocada do empresário Eike Batista custou caro aos bancos.

Até agora, segundo o jornal, o setor amarga perdas de pelo menos R$ 7,9 bilhões. Esse montante equivale a 27% do prejuízo provocado pelo ex-bilionário na praça, que atinge também fornecedores e compradores de seus títulos de dívida. No total, o rombo provocado por Eike chega a R$ 29,2 bilhões. Não está incluída na conta a desvalorização das ações de suas empresas.

Além disso, a Fitch Ratings avaliou em relatório que os bancos podem ter de reforçar suas provisões para créditos desembolsados para companhias envolvidas na investigação Lava-Jato. Para a agência de classificação de risco, os bancos públicos podem ser os mais afetados por terem maior exposição a companhias do setor de óleo, gás e construção.

Reportagem do Valor de sexta-feira também mostrou que cinco grandes bancos do país ? Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e HSBC ? serão chamados para explicar por que comunicaram apenas parte das operações financeiras suspeitas às autoridades. Se for comprovado algo que caracterize crime, os bancos podem ser multados.

Petrobras tem um pregão volátil. A ação abriu em baixa, subiu e operava com estabilidade às 11h36. Do lado negativo, há a queda no preço do petróleo no mercado internacional e o corte no preço-alvo pelo Goldman Sachs. Do lado positivo, seguem rumores de que Henrique Meirelles seria cotado para assumir a presidência da estatal.