Índice de Confiança do Consumidor volta a cair em maio
Após a alta de 3,3% registrada em abril, o Índice de Confiança do Consumidor voltou a recuar em maio. O indicador caiu 0,6%, ao passar de 85,6 para 85,1 pontos, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na comparação com maio do ano passado, a queda é de 17,9%.
A sondagem feita pela FGV mostra que os brasileiros estão mais pessimistas com as finanças da família e, por isso, menos dispostos a comprar itens de maior valor, como bens duráveis.
"O resultado positivo de abril não se sustentou e o indicador voltou a recuar em maio. O movimento foi determinado pela diminuição da satisfação com a situação presente principalmente no que se refere à situação financeira das famílias. Essa avaliação desfavorável está relacionada à piora do mercado de trabalho, à aceleração da inflação e ao aumento do nível de endividamento dos consumidores", afirma, em nota, Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor.
Houve piora das avaliações sobre a situação presente e relativa estabilidade das expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) recuou 1,5%, de 80,3 para 79,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu 0,3%, ao passar de 88,1 para 88,4 pontos.
O indicador que mede o grau de satisfação com a situação financeira atual foi que mais influenciou a queda da confiança neste mês. O indicador teve queda de 2,1%, passando de 99,8 pontos para 97,7 pontos entre abril e maio. A proporção de consumidores que avaliaram a situação do momento como boa foi de 16,2% em maio, ante 16,8% em abril. A parcela dos que a consideram ruim, por sua vez, aumentou de 17% para 18,5% no mesmo período.
Intenção de compra
Com relação às expectativas, o indicador que mede a intenção de compra de bens duráveis nos próximos seis meses manteve a trajetória de queda pelo terceiro mês consecutivo, atingindo o menor nível desde fevereiro de 2009 (71,4 pontos).
A proporção de consumidores que pretendem comprar mais foi de 13,1% em maio, ante 12,6% em abril. A parcela dos que planejam comprar menos, subiu de 39,5% para 40,8%.
A sondagem coletou informações de 2.161 domicílios entre os dias 1º e 21 de maio.
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