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Lupatech entra com pedido de recuperação judicial

26/05/2015 10h21


A empresa do ramo de petróleo Lupatech entrou com pedido de recuperação judicial na Comarca de São Paulo. O pedido foi feito em caráter de urgência e a empresa convocou para 11 de junho assembleia para ratificar a recuperação.

De acordo com o fato relevante publicado nesta terça-feira, a administração da companhia vem empreendendo esforços na negociação com credores, na desmobilização de ativos não estratégicos e na busca por potenciais investidores para equilibrar as demandas de capital de giro e de investimento.

No entanto, o cenário foi agravado com a adversa conjuntura do setor de óleo e gás, a partir da drástica redução do preço do barril do petróleo no mercado internacional e do significativo aumento da percepção de risco na cadeia de produtos e serviços para o segmento no Brasil.

A Lupatech cita ainda, na ata da reunião do conselho de administração, a crise na Petrobras, sua principal cliente, entre os motivos que a levaram a pedir a recuperação.

"A decisão de ajuizar o pedido de recuperação judicial tem por objetivo preservar o valor da companhia, sua função social e o estímulo à atividade econômica, atendendo de forma organizada aos interesses de seus credores e acionistas e contingenciando de maneira responsável os ativos", afirmou a empresa no comunicado.

A recuperação envolve várias empresas do grupo: Lupatech Finance Limited, Amper Amazonas Perfurações; Itacau Agenciamentos Marítimos, Lochness Participações; Lupatech Equipamentos e Serviços para Petróleo, Lupatech Perfuração e Completação, Matep Máquinas e Equipamentos, Mipel Indústria e Comércio de Válvulas, Prest Perfurações e Sotep Sociedade Técnica de Perfuração.

A Lupatech informou também que o conselheiro independente Luiz Augusto Marciano da Fonseca renunciou ao cargo em 15 de maio.

A empresa concluiu no ano passado recuperação extrajudicial. No início de 2015, o presidente Ricardo Doebeli afirmou ao Valor que a companhia tinha conseguido fazer a reestruturação da dívida sem brigas e sem a necessidade de ir à Justiça, com apoio dos credores e acionistas.