ANP: Oito países já manifestaram interesse na 13ª Rodada de Licitações
A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, disse nesta quinta-feira que 17 empresas, de oito países diferentes, já manifestaram interesse em participar da 13ª Rodada de Licitações, marcada para outubro. De acordo com o cronograma da licitação, as empresas interessadas têm até 11 de agosto para pagar a taxa de participação.
"Ainda falta mais de um mês para encerramento do prazo e o histórico mostra que as empresas deixam para se inscrever no fim. Para um pontapé inicial, diria que é um número bastante positivo", disse Magda a jornalistas, após audiência pública para discutir a minuta do contrato e o pré-edital do leilão.
Segundo a diretora, praticamente a metade das empresas interessadas no leilão estão aptas, a princípio, a se classificar como operadoras "A" (que podem operar em águas profundas ou ultraprofundas).
Magda preferiu não fazer estimativas de arrecadação de bônus de assinatura e comentar expectativas sobre o leilão, mas disse que espera um resultado "satisfatório" para a licitação.
"O momento atual [do mercado] é completamente diferente ao de 2013, quando fizemos três leilões. Diante desse momento, estou me dando ao direito de não fazer expectativas", disse.
Segundo Magda, diante da depressão do preço do barril do petróleo, as companhias têm dito que serão "extremamente moderadas e cautelosas". "Acho que vamos vender algumas áreas, não acho que vamos vender todas as áreas, nunca nenhum leilão vendeu todas as áreas. Acredito que teremos um leilão satisfatório", disse.
A diretora comentou, ainda, que a ANP está analisando uma pequena mudança nas regras de conteúdo local. Magda disse que a intenção é que as normas considerem os impactos da variação do preço do petróleo sobre a contratação de bens e serviços locais, mas não deu detalhes.
"Por exemplo, no passado licitamos áreas com um valor de petróleo. Aí o preço de petróleo dobra, a diária de uma sonda ou plataforma se altera muito e, consequentemente, o peso desse elemento no conjunto do projeto muda muito em relação ao da data do leilão. Essa é uma questão que vamos englobar no edital e no contrato, que é a questão da neutralidade de impactos. É levar em conta uma diferença de pesos num projeto, fruto de uma variação brusca no preço do petróleo Brent", disse.
Questionada sobre a realização do próximo leilão de partilha do pré-sal, Magda comentou que o assunto ainda está sendo analisado pela ANP. "Estamos trabalhando por um novo leilão, mas vamos olhar como vai acontecer em função do cenário de preços do petróleo. Vamos analisar ainda. Não tenho juízo de valor ainda. Se o petróleo cai de preço ou duplicar de valor, acontece o que? Nesse momento temos externalidades que não dependem de nós. E essas externalidades precisam ser consideradas", disse.
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