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Retração na construção se agrava em junho, segundo CNI

23/07/2015 12h11


A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta quinta-feira a Sondagem da Indústria da Construção de junho, que mostra uma retração nos níveis de atividade e de emprego no setor.

O indicador de atividade da construção caiu de 37,7 pontos em maio para 37,5 em junho. Já o indicador de empregos no setor caiu de 36,6 pontos em maio para 35,9 em junho. Na pesquisa, números abaixo de 50 representam retração da atividade e do número de empregos na comparação com o mês anterior.

A Utilização da Capacidade de Operação (UCO) fechou o mês de junho em 60%, um ponto percentual inferior ao registrado em maio e nove pontos percentuais abaixo de junho de 2014. Segundo a CNI, o número aponta que 40% da capacidade do setor está ociosa.

De acordo com o levantamento, os empresários acreditam que a alta carga tributária, as elevadas taxas de juros e a inadimplência dos clientes foram as três principais barreiras enfrentadas pela indústria no segundo trimestre. Os problemas foram citados por 35,4%, 35% e 30,5% dos entrevistados. Em quarto e quinto lugar aparecem a demanda interna insuficiente (27,6%) e a falta de capital de giro (27,2%).

"Com os resultados negativos do primeiro semestre, a expectativa dos empresários para os próximos seis meses é negativa. Eles esperam uma queda ainda maior do nível de atividade, do lançamento de novos empreendimentos e do número de empregados nos próximos seis meses. A intenção de investimentos segue bastante reduzida", afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo, em texto divulgado pela entidade.

Ainda de acordo com a CNI, o preço médio dos insumos e matérias-primas manteve a tendência de crescimento no segundo trimestre, mas em menor intensidade do que a observada no primeiro trimestre de 2015. O indicador foi de 62 pontos, 2,3 pontos abaixo do trimestre anterior. Indicadores acima de 50 representam aumento no preço médio das matérias-primas.

Com o custo mais elevado, caiu a satisfação das empresas com o lucro operacional e com a situação financeira - os indicadores ficaram em 32,7 pontos e 37,2 pontos, respectivamente. Neste quesito, pontuação abaixo de 50 demonstra "insatisfação".