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Ibovespa opera em queda nesta sexta-feira

24/07/2015 11h11


O Ibovespa opera novamente em queda nesta sexta-feira, ainda absorvendo o noticiário ligado ao corte da meta de superávit. O principal índice da BM&FBovespa caía 1,36% às 11h05, para 49.128 pontos. Segundo operadores, o mercado começa a embutir nos preços o corte no rating soberano brasileiro. Segundo a Guide Investimentos, o Ibovespa segue em tendência de queda, com próximo suporte em 48.300 pontos.

A reação que mostra desconfiança em relação ao governo federal, diz um operador, pode ser sentida nas maiores quedas do Ibovespa. "Há muitas ações de empresas de setores regulados", diz. A maior queda era de Oi (-4,21%), seguida por Ecorodovias (-3,31%), CCR (-2,65%), Cemig (-2,7%), Copel (-2,39%) e Eletrobras ON (-2,30%).

Já as altas seguem com a presença de exportadoras. Fibria sobe 1,6% e lidera os ganhos, que contam ainda com Suzano (0,96%).

O mercado ainda absorve a frustração com a política fiscal do governo, após o anúncio de redução da meta de superávit primário e de projeções consideradas irrealistas para a trajetória da dívida pública, que ampliaram o risco de o Brasil perder o grau de investimento.

Em teleconferência ontem organizada pelo J.P. Morgan, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que o rebaixamento da nota de crédito soberano pode ser evitado.

Mais tarde, em uma tentativa de afastar leituras de seu enfraquecimento no governo, Levy negou, em entrevista à "Globo News", que tenha perdido uma "queda de braço" com outros integrantes do governo ao apoiar o corte da meta de superávit primário.

A Guide Investimentos diz em nota que, apesar das explicações de Levy, o mercado ainda deve permanecer "desconfiado". "A percepção de risco segue elevada e, com isso, pressões de alta sobre dólar e juros futuros", afirma a corretora.

A China também pesa sobre os emergentes. A Markit divulgou na noite de ontem a prévia de julho do índice de gerentes de compras do setor industrial. No mês o índice passou de 49,4 para 48,2 pontos, e aponta para uma deterioração maior da atividade industrial chinesa, com o indicador no menor nível dos últimos 15 meses.