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Ministro discutirá com operadoras ações para melhorar telefonia móvel

06/10/2015 20h20


O novo ministro das Comunicações, André Figueiredo, defendeu nesta terça-feira que é necessário buscar melhores padrões de qualidade nos serviços de telefonia celular no país. "Não existe um grau de satisfação muito grande dos consumidores de telefonia celular", afirmou após cerimônia de transmissão de cargo.

Figueiredo afirmou que, em breve, deve chamar as operadoras para discutir a situação no setor e a possibilidade de adoção de medidas. "Queremos juntar as teles para que possamos definir um padrão e ver as medidas que podemos tomar num curto espaço de tempo para que o cidadão brasileiro possa ser mais bem-atendido", disse Figueiredo.

O ministro defendeu a ampliação dos serviços de telecomunicações no país, levando o acesso a localidades ainda não atendidas. "Quero sempre colocar que trataremos, como premissa básica, a inclusão digital para que milhões de brasileiros possam estar integrados digitalmente, principalmente no que diz respeito a regiões mais longínquas do Norte e Nordeste onde ainda existe uma disparidade muito grande", afirmou, ao comparar com a situação de disponibilidade de serviços encontrada no Sul e Sudeste.

Mesmo com restrições orçamentárias, Figueiredo prevê ampliar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) a partir do próximo ano. "É evidente que temos a compreensão do momento difícil que estamos passando em 2015, mas o próprio ministro Ricardo Berzoini já sinalizou que a presidenta Dilma está bastante solícita a esse programa que é uma das prioridades do governo".

Antes de assumir o posto, o novo ministro chegou a criticar o pacote de medidas lançado pela atual equipe econômica. Questionado se estaria disposto a enfrentar os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) para obter mais recursos, Figueiredo disse que buscará o diálogo. "Acho que dentro de uma equipe ministerial tem que ter o respeito recíproco. Então, vamos estar no nosso papel de buscar mais recursos para pasta e, lógico, os ministros da área econômica vão tentar fazer com que o país equilibre suas contas", afirmou o ministro que representa o PDT do Ceará.

"O que a gente não pode de forma alguma é fazer com que investimentos sociais venham a ser minimizados a ponto de não termos investimentos para atingir metas de superávit", completou.

Uma alternativa defendida pelo novo ministro é o uso dos Termos de Ajustamento de Conduta (TACs), negociado com as operadoras pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), para levar serviço em áreas ainda não atendidas. O regulamento de TACs da agência prevê a troca de valores de multas por investimentos em regiões com baixa atratividade econômica.