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Vendas do varejo abrem 2016 com queda de 1,5%, pior janeiro desde 2005

10/03/2016 09h51

(Atualizada às 9h46) O volume de vendas no varejo caiu 1,5% em janeiro, na comparação com o mês anterior, já descontados os efeitos sazonais, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior queda para o período desde 2005, quando houve recuo de 1,9%.

Com o resultado, o comércio varejista acumula baixa de 5,2% em 12 meses. Na comparação com janeiro de 2015, a queda foi de 10,3%, a maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 2001.

O resultado de janeiro veio bem pior que a média de queda de 0,4% estimada pelo Valor Data, apurada junto a 19 consultorias e instituições financeiras. Em dezembro de 2015, as vendas do varejo caíram 2,7% perante o mês antecedente, com ajuste sazonal.

O IBGE também informou que a receita nominal (sem desconto da inflação) do varejo subiu 0,1% em janeiro de 2016, depois da queda de 2,1% em dezembro de 2015 (dado revisado), já descontados os efeitos sazonais. Ante janeiro de 2015, a receita nominal do varejo subiu 1%. Em 12 meses, a receita sobe 2,8%.

No varejo ampliado, que inclui veículos e motos, partes e peças, e material de construção, o volume de vendas caiu 1,6% no mês em janeiro, o pior resultado para o período desde 2005, quando a queda foi de 1,7%. Em janeiro de 2006, a queda também foi de 1,6%. O resultado de janeiro ficou um pouco abaixo da média apurada pelo Valor Data, de decréscimo de 1,5%.

Considerando o confronto com janeiro de 2015, o volume de vendas do varejo ampliado diminuiu 13,3%, pior resultado da série, iniciada em 2005. Já a receita nominal do varejo ampliado caiu 0,7% no primeiro mês de 2016, em relação ao mês anterior, e cedeu 4,7% ante janeiro de 2015.

Oito das dez atividades do varejo pesquisadas pelo IBGE registraram variação negativa no volume de vendas no mês em janeiro. Apenas o segmento equipamentos e materiais para escritório informática e comunicação apresentou crescimento, de 1,6%, enquanto o setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos se manteve praticamente estável (+0,1%).

O levantamento mostrou que a maior queda percentual foi registrada no segmento de materiais de construção, cujo volume de venda caiu 6,6%em janeiro. O segundo pior desempenho ficou por conta do setor de móveis e eletrodomésticos (-4,3%).

Na comparação anual, todas as atividades de varejo pesquisadas pelo IBGE tiveram retração: Móveis e eletrodomésticos (-24,3%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-24%); veículos e motos, partes e peças (-18,9%); e material de construção (-18,5%); Combustíveis e lubrificantes (-14,1%); Tecidos, vestuário e calçados (-13,8%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-13,3%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-12,5%); e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-5,8%).



O segmento Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos ficou praticamente estável em relação a janeiro de 2015, com baixa de 0,2%.