Sul e Sudeste concentram produção de energia no Brasil
Um mapa produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra como a produção, extração e distribuição de energia é desigual entre as regiões do país. Os dados foram compilados a partir de levantamentos de governos e agências reguladoras para a publicação do estudo Logística de Energia 2015 - Redes e Fluxos do território.
A análise da matriz elétrica mostrou que o país tem 194 usinas hidrelétricas, que são responsáveis por 94,9% da potência outorgada. Apenas a Bacia Hidrográfica do Paraná, no Sul, produz 46,9% da potência outorgada, principalmente por causa da Usina de Itaipu. O IBGE contou 367 centrais geradoras hidrelétricas, responsáveis por 0,2% da geração total, e 459 pequenas centrais hidrelétricas, com produção entre 3 e 30 megawatts, perfazendo 4,9% da potência outorgada.
Quanto ao petróleo, no ano passado, 68,4% eram extraídos no Estado do Rio de Janeiro, quatro vezes mais do que o Espírito Santo conseguiu retirar no mesmo período, que ocupa a segunda posição. São Paulo produz 7,2% do óleo, e todos os outros Estados juntos somam 8,1% do total do país.
A distribuição geográfica das refinarias também é desigual. Ao todo, são 17 unidades, cinco delas em São Paulo. Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul possuem duas refinarias. São Paulo tem 39% da capacidade de refino brasileiro, enquanto a Bahia tem 16,1% e o Rio, 10,9%.
De acordo com os dados analisados pelo IBGE, 92,5% do volume de produção do petróleo ocorre no mar, somente 7,5% vem do continente. Em termos absolutos, porém, 841 poços produtores de petróleo e gás natural ficam no mar, enquanto 8.263 estão no continente. Para o IBGE, indica que o ambiente marinho é muito mais produtivo do que os em terra firme.
Em relação ao gás natural, o IBGE constatou que 73,3% é de origem marítima, contra 26,7%, terrestre. A produção do Rio de Janeiro, que responde por pouco mais de um terço do registrado no país, representa mais que o dobro da conseguida pelo Espírito Santo, que extrai 14,9%.
Outras fontes
A geração de energia eólica cresceu 460% entre 2010 e 2014, mostra o estudo Logística de Energia 2015, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A participação dessa fonte energética, no entanto, ainda é baixa: representa apenas 2,1% de toda a geração brasileira. Na matriz elétrica nacional, a geração hidráulica correspondeu por 63,2% do total em 2014.
A maior parte da produção eólica está concentrada no Nordeste. O Rio Grande do Norte, com 31,3%, é líder na geração de energia eólica, seguido por Ceará (23,4%) e Bahia (16,9%).
O levantamento do IBGE também reforça a informação que São Paulo, com quase metade da capacidade produtiva de etanol do país, é o Estado que mais fabrica o combustível. A maior parte da cana-de-açúcar é plantada no interior paulista.
Já o biodiesel é produzido, principalmente, no Rio Grande do Sul (27,3%) e Mato Grosso (23,4%).
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