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Rio afirma ter plano para manter prisões durante greve de agentes

17/01/2017 15h31

Após a paralisação de agentes penitenciários no Rio de Janeiro, a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (Seap) informou que "possui um plano de segurança para manter a rotina das unidades prisionais". A greve decidida ontem durante assembleia só será encerrada na próxima segunda-feira, dia 23 de janeiro, quando os agentes farão nova reunião.

Por enquanto, não serão permitidas visitas aos presos e nem a chegada de novos detentos ao sistema.

A greve ocorre em meio a uma crise no sistema penitenciário nacional, marcada por chacinas e insegurança dentro dos presídios do país. De acordo com informações no site da Seap, o Estado tem 50 unidades prisionais, metade delas no complexo de Bangu, na zona oeste da cidade, onde estão presos, por exemplo, o ex-governador Sergio Cabral Filho e a ex-primeira dama Adriana Ancelmo.

Em nota, o sindicato dos servidores penitenciários informou que "durante a vigência da greve serão realizados apenas os serviços essenciais, como alimentação, emergências médicas e alvará de soltura. Não haverá o ingresso de visitantes, nem apresentações às Varas Criminais ou recebimento de novos presos".

Os agentes reclamam de atraso nos salários e do 13º salário, das condições de segurança e insalubres dentro dos presídios, falta de medicamentos e médicos nas unidades prisionais, além do número reduzido de inspetores.

"Há Unidades em que a relação preso x inspetor é de 200 (duzentos) para 1 (um), quando a recomendação do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) é de 5 para 1", destacou o sindicato.