A China é o país que mais consome matérias-primas exportadas pelo Brasil, como soja, petróleo, carne e minério de ferro. A epidemia que começou na China faz cair por lá a procura por esses produtos, o que puxa os preços para baixo
A China fornece componentes para a indústria brasileira montar produtos, como eletrônicos e eletrodomésticos. Sem essas peças, a linha de produção nacional fica prejudicada
A disseminação do coronavírus gera um clima de insegurança, que desestimula investimentos. Bolsas do mundo todo registram queda conforme a covid-19 se espalha. No Brasil, o Ibovespa despencou 7% no dia em que o primeiro caso foi confirmado
Em momentos de crise, aumenta a procura pelo dólar, considerado um investimento de baixo risco. Por isso, a tendência é o dólar subir. Além disso, com a queda no preço das matérias-primas exportadas, entram menos dólares no Brasil, o que acelera a alta da moeda
Para diminuir o risco de contaminação, pessoas estão evitando viagens, e países e empresas estão cancelando eventos públicos. Com isso, empresas ligadas ao turismo são bastante atingidas --é o caso, por exemplo, das companhias aéreas
O momento atípico do mercado internacional pode ser uma oportunidade para alguns setores. As indústrias de brinquedos e de máquinas pretendem ocupar o espaço deixado pelos produtos chineses que não chegarão ao Brasil. A indústria farmacêutica e de produtos de higiene também deve se beneficiar com o aumento da procura por remédios, álcool em gel e máscaras