Anúncios emergenciais de Guedes ainda precisam de aval do Congresso
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Depois de muitas reuniões ao longo do dia e debates técnicos, o ministério da Economia anunciou nesta segunda-feira um pacote de medidas para tentar reduzir os danos da pandemia de coronavírus para a economia brasileira. O anúncio, porém, é uma carta de intenções do ministro Paulo Guedes (Economia), já que boa parte das medidas ainda terá um longo caminho para serem implementadas, já que terão que passar pela aprovação do Congresso.
A relação entre os poderes não está a das melhores, mas a avaliação dentro do ministério da Economia é de que os parlamentares estarão sensíveis ao tema. Neste final de semana, o presidente Jair Bolsonaro decidiu participar as manifestações que tinham na pauta pedidos de fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Marcelo Guaranys, as medidas estão sendo finalizadas e os projetos que dependem da aprovação do Congresso serão enviadas em breve. "Pretendemos fazer isso nesta semana ainda".
Durante apresentação do pacote no Ministério da Economia, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, destacou que todas as medidas que serão enviadas serão previamente conversadas com os parlamentares. "Estamos em contato permanente com o Congresso", salientou.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, fez a apresentação das medidas e depois deixou os técnicos para responderem as dúvidas dos jornalistas. Guedes seguiu para a reunião com diversos ministros convocada pelo presidente Jair Bolsonaro.
O ministro chegou a ficar irritado com as perguntas enquanto fazia a apresentação e ameaçou a abandonar a coletiva. Depois reclamou que os jornalistas estavam sugerindo que ele tinha problemas de comunicação.
Bolsa Família
Na apresentação, o governo mostrou a intenção de zerar a fila do Bolsa família e anunciou a liberação de R$ 3,1 bilhões para o programa. Esse dinheiro, porém, terá que ser remanejado e para isso também será necessário a aprovação do Congresso.
O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, afirmou que o ministério da Cidadania informou que o montante poderá zerar a atual fila do Bolsa Família. "Vai ser um remanejamento, vamos ter que reduzir alguma despesa. E para isso vamos conversar com o Congresso, sentar à mesa, ter um bom diálogo", afirmou, destacando que acredita que os parlamentares reconhecem que o programa assistencialista é "meritório".
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