Pagamento de auxílio de R$ 600 via fintechs "está em avaliação", diz Onyx
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O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmou que ainda não há uma definição sobre o uso de fintechs para o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 por conta do coronavírus. "Está em avaliação", respondeu o ministro à coluna.
Mais cedo, durante entrevista coletiva em que anunciou o lançamento de um aplicativo na próxima terça-feira para que os cidadãos se cadastrem para receber o benefício, o ministro disse que inicialmente os R$ 600 serão creditados pela rede bancária pública e privada. E depois serão ampliadas para outros pontos, como as lotéricas.
"O governo pretende possibilitar autorizar o pagamento do benefício em lotéricas e pretendemos evoluir para os caixas eletrônicos", comentou.
Maior capilaridade
Como as fintechs chegam a quem não tem conta em banco, setores do governo têm defendido a inclusão nos programas de auxílio emergencial.
Segundo a Caixa Econômica Federal, 85% do público potencial do benefício de R$ 600 mensais não tem conta no banco. O Instituto Fiscal Independente estima 30,5 milhões de pessoas beneficiadas pelo programa, o que significa 25,9 milhões de beneficiários potencialmente desbancarizados.
O uso de fintechs vem sido defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, principalmente para levar crédito às empresas. Na semana passada, o ministro afirmou que o governo pretende incluir incluir a participação das operadoras de maquininhas para levar crédito à economia real. "Vamos turbinar as maquininhas. PagSeguro, Stone, esses caras têm capilaridade, estão na ponta, BC tem que chegar lá e não ficar só nos bancos. Por que o Banco Central não pode redescontar deles?", disse, referindo-se a um processo em que o BC usaria as empresas de maquininhas para levar crédito a pequenos empresários.
Para analistas do mercado, a capilaridade das fintechs permitiria ao governo atingir inclusive pessoas que não constam no Cadastro Único do Ministério da Cidadania.
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