Enquanto Bolsonaro não bate martelo, AGU ganha força para o lugar de Moro
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A indefinição em nomear o substituto de Sérgio Moro no Ministério da Justiça se deve a uma avaliação feita no governo sobre o desgaste que o preferido do presidente Jair Bolsonaro - o atual ministro Jorge Oliveira - teria ao assumir a pasta.
De acordo com auxiliares do presidente, a ligação embrionária de Jorge com a família Bolsonaro não ajudaria a arrefecer o desgaste causado por Moro. Apesar do alerta, o presidente parece disposto a enfrentar as críticas e ainda considera a possibilidade de dar o cargo ao aliado e avisou que deve anunciar o nome amanhã.
Nesta segunda-feira, porém, outro nome ganhou força no Palácio do Planalto: o de André Mendonça, atual Advogado-Geral da União (AGU). A escolha de Mendonça também seria alvo de críticas, avaliam as fontes, mas o "ministro terrivelmente evangélico" ganhou força e apoio de alguns auxiliares.
Segundo uma fonte, Jorge tem um papel importante ao lado do presidente no Palácio do Planalto e por mais que continuasse a despachar com frequência com Bolsonaro perderia a vantagem de estar a poucos metros do gabinete. Já Mendonça ganharia mais corpo ao assumir o Ministério da Justiça.
Jorge e Mendonça já são há algum tempo cotados pelo presidente para assumir futuramente as vagas que ficarão disponíveis no Supremo Tribunal Federal (STF). "O presidente gosta dos dois, e ambos trabalham com muito respeito pelas opiniões do presidente", destacou um assessor.
Independente de bater o martelo para a decisão, a "solução caseira" que tem sido buscada pelo presidente é vista com receio por parte de alguns auxiliares. "O ideal seria um nome de peso do Judiciário. O ministro Jorge é muito competente, mas com todo respeito não tem tamanho para assumir o MJ".
Alguns nomes, como o do ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF-4), desembargador Carlos Thompson Flores, ainda estão sendo cogitados. "A tendência ainda é o Jorge, mas hoje André ganhou força. Mas até a decisão tudo pode acontecer", ponderou uma fonte da ala militar.
Polícia Federal
Enquanto o impasse em torno da sucessão de Moro ainda não é resolvido, Bolsonaro reiterou que não pretende voltar atrás na indicação do atual presidente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, para a direção-geral da Polícia Federal (PF), no lugar de Mauricio Valeixo, demitido na semana passada.
Ontem, o presidente minimizou o fato de Ramagem ser amigo da família Bolsonaro.
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