BC vende mais US$ 7 bilhões em intervenções para segurar o dólar

O BC (Banco Central) ampliou nesta sexta-feira (20) a intervenção no mercado cambial e realizou três novos leilões de dólares. A oferta inicial ocorreu logo na abertura dos negócios e resultou na venda à vista de US$ 3 bilhões. Na sequência, a primeiras das negociações com o compromisso de recompra programadas resultou no leilão de US$ 2 bilhões.

Marcada para 10h20, a outra oferta não teve propostas aceitas pelo BC e os demais US$ 2 bilhões foram negociados apenas no início da tarde.

O que aconteceu

Negociação inicial foi realizada logo na abertura da sessão. Novamente bem-sucedido, o leilão comercializou o total de US$ 3 bilhões no mercado à vista. A oferta havia sido anunciada na noite de ontem (19). No momento da negociação, o dólar operava em queda de 0,66%, a R$ 6,082.

Banco Central vende mais US$ 4 bilhões nesta sexta-feira. A primeira das ofertas de linha previstas para esta sexta-feira resultou no leilão com o compromisso de recomprar os valores no dia 2 de julho de 2025. A venda teve cinco propostas aceitas com a cotação de R$ 6,584. No início da tarde, os outros US$ 2 milhões foram divididos entre dois compradores com a data de recompra em 2 de outubro de 2025.

Terceira oferta do dia não teve propostas aceitas. Segundo o Depin (Departamento das Reservas Internacionais), o certame para a venda de mais US$ 2 bilhões não contou com participantes. Apesar de o BC atribuir a ocorrência a "problemas no sistema", foi imediatamente convocado um novo leilão do mesmo montante, que acabou cancelado. A nova intervenção efetiva aconteceu às 12h30.Na véspera, atuação do BC injetou US$ 8 bilhões na economia. A intervenção realizada em dois leilões à vista contribuiu para o primeiro recuo do dólar em uma semana. Na principal intervenção, realizada após o dólar bater R$ 6,30, o BC injetou US$ 5 bilhões na economia. Trata-se da maior interferência à vista da história.

Oferta total de dólares no período supera US$ 20,76 bilhões. Entre a quinta-feira da semana passada (12) e ontem (19), o BC injetou US$ 12,7 bilhões na economia em três leilões de linha e negociou outros US$ 8 bilhões à vista.

Leilões à vista queimam as reservas internacionais do Brasil. Com as vendas de dólares na modalidade, o BC abre mão do montante estocado nas reservas internacionais. Já nos leilões de linha, a autoridade monetária assume o compromisso de recomprar os recursos no futuro.

Reservas internacionais somam mais de US$ 340 bilhões. Mesmo com os recentes leilões, o "colchão de segurança" das reservas cambiais totalizava US$ 352 bilhões até a última quarta-feira (18). Ainda sem contabilizar as últimas intervenções, o montante é o menor desde abril.

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