Ministério de Guedes rebate secretário e nega auxílio de R$ 600 permanente
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O ministério da Economia divulgou nota pública nesta manhã para minimizar os efeitos da fala do secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, que ontem em transmissão ao vivo, declarou que o auxílio emergencial de R$ 600 poderia ser mantido após o fim da pandemia.
"As despesas criadas neste momento de excepcionalidade não devem ser transformadas em permanentes para não comprometer a recuperação das contas públicas a partir de 2021 e nem a trajetória sustentável da dívida pública", esclareceu o ministério. "O compromisso com o teto de gastos dá credibilidade e promove investimentos que criam empregos e faz com que o governo onere cada vez menos a sociedade", completou a nota.
Nos bastidores, a fala de Carlos da Costa foi classificada como "desastrada" e "um pouco deturpada".
"Neste momento, o governo está preocupado em preservar vidas e a atividade econômica. Com medidas extraordinárias, foi possível socorrer os mais vulneráveis que perderam seu sustento. Essa crise trouxe, entretanto, uma oportunidade para avaliar a efetividade dos programas de transferência de renda e desenhar propostas de melhorias. Projetos para a reativação da economia estão em estudo e serão divulgados no momento oportuno", completa a nota divulgada pela equipe do ministro Paulo Guedes.
Briga pela agenda liberal As notícias de que o governo já estaria estudando medidas permanentes pegou mal entre a equipe de Guedes, que tem se esforçado para manter sua agenda liberal viva no período pós-pandemia.
Segundo uma fonte, algumas dessas ideias de mudar no Bolsa Família ou estender o auxílio emergencial podem estar sendo ventiladas com mais força no Ministério da Cidadania, comandado por Onyx Lorenzoni.
Além disso, Guedes tem travado uma luta já algum tempo com o ministro do Desenvolvimento Social, Rogério Marinho, que negocia com o governo a liberação de pelo menos R$ 8 bilhões neste ano para obras públicas.
Marinho tem uma boa interlocução com os parlamentares do chamado Centrão e, com aval do presidente Jair Bolsonaro, tem ampliado as negociações no Congresso por cargos e emendas.
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