Decisão de substituto é política e depende apenas de Bolsonaro
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Os caminhos e aparentemente os possíveis nomes para assumir o Ministério da Saúde já estão colocados, mas, alertam auxiliares do governo, "a prerrogativa de nomear e exonerar ministros é única e exclusivamente do presidente Jair Bolsonaro".
"A decisão está na cabeça de uma única pessoa. E é uma decisão política", disse um general à coluna.
O secretário-executivo da pasta, general Eduardo Pazuello, assume a pasta interinamente com a saída de Nelson Teich, e deve ficar até uma decisão final do presidente. A informação foi confirmada à coluna por outro general, o ministro da Casa Civil, Braga Netto.
Companheiros do general Pazuello dizem que ele tem "zero" experiência em saúde. "Ele tem expertise em Logística Operacional", afirmou outro militar de alta patente. Na avaliação da caserna, Pazuello é conhecido por "fazer acontecer". "Ele vai fazer acontecer na entrega dos insumos fármacos com rapidez e oportunidade", pondera esse interlocutor.
Apesar de Pazuello ter apoio e respeito dos ministros militares, começa a crescer no entorno do presidente algumas vozes dissonantes, que seria "um erro político do presidente colocar um militar na Saúde".
"Sem problemas manter interinamente. Até acertar com outro. Até ai tudo bem", avaliou outra fonte.
Outros nomes
O deputado e ex-ministro Osmar Terra voltou a ser cotado para assumir a pasta por ser um nome alinhado com as ideias do presidente. Alguns auxiliares já vinham dizendo que ele estava no "banco de reserva" e no "aquecimento". Deputado pelo MDB, integrantes da legenda já avisaram que, caso ele seja convidado e vá para o governo, ele terá que se licenciar do partido.
Outro nome que está sendo cogitado é o da médica oncologista Nise Yamaguchi, que está, inclusive, em Brasília nesta sexta-feira.
Ambos aderem à posição do presidente de serem favoráveis à cloroquina e que foi uma das razões que levaram a saída de Nelson Teich do cargo.
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