Bolsonaro abre "processo seletivo" e quer ouvir mais candidatos ao MEC
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A conversa do presidente Jair Bolsonaro com o atual secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, foi considerada boa por ministros palacianos, mas não decisiva. "Foi muito boa (conversa com Feder), mas não está definido. Presidente está ouvindo outros", afirmou um auxiliar direto do presidente à coluna.
Segundo interlocutores do governo, a escolha de Bolsonaro para a sucessão de Abraham Weintraub tem que ser feita com o máximo de cautela, para não acirrar os ânimos da chamada ala ideológica do governo.
Na conversa com Feder, o presidente deixou claro, inclusive, que não abrirá mão da chamada "guerra cultural" em torno da Educação.
De outro lado, os militares pregam que é preciso um nome com "capacidade de gestão". "Não precisa ser militar, pode ser civil, mas seria melhor alguém mais técnico", argumentou um auxiliar palaciano.
Segundo interlocutores, Bolsonaro teria se comprometido a ouvir informações de pelo menos um nome indicado pela ala olavista para a chefia do Ministério da Educação. Após o fracasso da gestão de Abraham Weintraub, costurou-se em vários setores uma grande resistência em relação a postulantes ligados ao núcleo ideológico mais inflamado do governo.
O presidente, no entanto, conta com essa ala para alavancar sua candidatura à reeleição em 2022. A ideia é que não dá para "esticar muito a corda", embora os seguidores do ideólogo Olavo de Carvalho estejam cada vez mais esvaziados.
Além de ouvir nomes distintos e fazer uma espécie de "processo seletivo", Bolsonaro tem solicitado informações completas sobre os cotados.
Em entrevista à CNN, Feder fugiu do debate ideológico e pregou o diálogo com secretarias.
Bolsonaro pediu ainda ao candidato um plano para a retomada das aulas no país.
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