Justiça arquiva ação contra Regina Duarte por fala que minimizou ditadura
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A juíza Maria Amélia Almeida Senos de Carvalho, da 23ª Vara Federal do Rio de Janeiro, indeferiu o pedido de danos morais contra a atriz e ex-secretária da Cultura, Regina Duarte, no valor de R$ 70 mil por declarações que minimizavam mortes e tortura na ditadura.
De acordo com a juíza, que decidiu arquivar o processo, Regina Duarte não poderia responder a ação como pessoa física. A União, por meio da AGU (Advocacia-geral da União) continua como ré no processo e ainda pode ter que arcar com o dano moral.
A juíza concedeu 15 dias para a autora da ação e para a União se manifestarem.
O processo foi movido pela filha do diplomata, editor e jornalista José Jobim, que foi torturado e morto pelas forças do governo militar, em 1979.
Na ação, a autora citava a entrevista da então secretária de Cultura à CNN. Para a filha do diplomata, Regina Duarte fez comentários desrespeitosos às vítimas do regime ditatorial, cujas falas diminuíram e ridicularizaram o sofrimento da autora e de seus familiares.
A Comissão Nacional da Verdade apurou que Jobim faleceu em 24/3/1979 "em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro, no contexto de perseguição sistemática e generalizada à população identificada como opositora política ao regime ditatorial de 1964 a 1985".
Na entrevista concedida à CNN, Regina Duarte minimizou as mortes na ditadura e disse que "Na humanidade, não para de morrer [gente]. Por que as pessoas ainda ficam ó [chocadas]? Não quero arrastar um cemitério de mortos nas costas", disse.
Na mesma ocasião, a atriz cantou a música Pra Frente Brasil, canção associada ao período militar.
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