Guedes chora ao receber estudantes premiados e falar do futuro do país
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Sob pressão de uma de parte da cena política, o ministro da Economia, Paulo Guedes protagonizou uma cena que não é tão usual na Esplanada dos Ministérios. Ao receber um grupo de estudantes na quarta-feira (14), o ministro foi às lágrimas.
O encontro com os medalhistas da Olimpíada Internacional de Economia e da Olimpíada Internacional de Matemática não constava inicialmente na agenda. Mas, Guedes não só abriu espaço para os estudantes como falou do seu passado e chorou ao menos três vezes na conversa.
E fez um alerta: "se divulgar esse negócio, não me bota chorando, me bota batendo palma para eles", disparou.
Ao fazer um relato das suas atividades, o ministro disse que vive um desafio constante e que decisões corretas ou erradas podem ajudar ou prejudicar muita gente.
"Eu sou testado a todo momento, aqui são dezenas de decisões por dia, você tem que tomar rápido", afirmou. "Isso não me emociona, estou preparado para lidar com essas decisões rápidas. O que me emociona é ver uma turma jovem feito essa chegando e mostrando que futuro vai ser melhor ainda", completou.
Guedes, que desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro tem tentado emplacar uma agenda de reformas, repetiu que a condução de sua política econômica é para pensar nas gerações futuras. "Vocês são as gerações futuras que nós estamos tentando defender", disse. "Vocês estão chegando e vão nos ajudar", completou.
Passado "premiado"
Os estudantes brasileiros foram levados até Guedes pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. Guedes começou a reunião com medalhistas já emocionado e alegou que as lágrimas eram resultado de lembranças do seu passado.
"Eu fiquei emocionado porque quando tinha 10, onze anos, ganhei uma olimpíada", disse, acrescentando que ali passou a ter a "noção de que a gente podia ser mais, podia fazer mais".
"Eu ganhei um concurso que tinha, sei lá, 2 mil, 3 mil concorrentes e vocês ganharam o concurso com 20 milhões de jovens e depois foram lá fora com outros milhões, chineses, americanos, então oh", disse Guedes, enxugando as lágrimas. "Desculpem, eu me emociono poucas vezes".
Medalhistas
Na Olimpíada Internacional de Economia, o Brasil conquistou o bicampeonato mundial por equipes, à frente dos EUA e China, com três medalhas de ouro e duas de prata. Na banca examinadora estava Eric Maskin, prêmio Nobel de Economia de 2007.
Já na Olimpíada Internacional de Matemática, o Brasil obteve o 10º lugar por equipes entre 105 países, o melhor de sua história, com a conquista de uma medalha de ouro e cinco de prata, a frente de Alemanha, Japão e França.
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