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Lira vai pressionar Cade para agir contra a política de preços da Petrobras
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem sinalizado nos bastidores que pretende intensificar a pressão para que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) atue contra o que ele tem chamado de "monopólio nu e cru da Petrobras".
A interlocutores, Lira afirmou que vai "começar a tacar fogo no Cade", com convocações de membros do órgão para explicar as razões de o órgão antitruste não tomar uma postura mais incisiva contra a atual política de preços da estatal.
Segundo apurou a coluna, Lira já conversou com o atual presidente do Cade, Alexandre Cordeiro, sobre a ideia de pressionar o Cade a tomar alguma decisão nas investigações sobre a Petrobras que estão em curso no órgão.
Cordeiro assumiu a presidência do Cade em julho de 2021, quando o presidente Bolsonaro teve que fazer a aliança com o Centrão, e é apontado como apadrinhado do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, aliado de Lira.
Lira tem dito a aliados que vê uma postura mais favorável do Cade sob a presidência de Cordeiro, mas que ainda é preciso que o órgão justifique as razões de não atacar o monopólio da estatal. "Falta coragem ao Cade", tem dito Lira a aliados.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, em meados de maio, o superintendente-geral do Cade , Alexandre Barreto, disse que não há mágica a ser feita pelo órgão sobre a política de preços da Petrobras.
Ataques a Petrobras
Lira deve manter suas críticas em relação ao comando do Petrobras e, segundo auxiliares, deve reforçar o discurso de que a estatal não tem função social e visão de país.
O presidente da Câmara é a favor da diminuição da distribuição de dividendos aos acionistas e defende o uso desse recurso para subsidiar o preço dos combustíveis. Lira quer avançar com um projeto para vender ações da Petrobras. Um caminho que o governo deixe de ser o acionista majoritário.
Em março, após um reajuste de até 25% nos preços dos combustíveis, Lira criticou a "insensibilidade" da Petrobras e disse que o aumento era um "tapa na cara dos brasileiros".
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