Ibovespa: Dados de serviços no Brasil e inflação dos EUA movimentam mercado
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No Brasil, o mercado repercute nesta terça-feira (14) os números sobre o setor de serviços em setembro. Segundo o IBGE, o volume de serviços caiu 0,3% em relação a agosto. O setor registrou resultado negativo pelo segundo mês seguido, acumulando uma perda de 1,6%. Os resultados corporativos também podem impactar o mercado acionário brasileiro no dia de hoje, uma vez que empresas como Itaúsa, Magazine Luiza, XP e os principais frigoríficos da bolsa divulgaram seus números do terceiro trimestre. Investidores também devem acompanhar os dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA. No dia de ontem, o Ibovespa perdeu o fôlego de alta dos últimos dias e fechou o pregão em queda, com os investidores aguardando a divulgação do CPI americano.
Nos EUA, os futuros dos principais índices das bolsas americanas operam de forma mista. O movimento de alta do S&P 500 deve ter o seu primeiro teste nesta semana com os dados do CPI de outubro. Os números devem sinalizar as perspectivas para o futuro da inflação nos EUA, o que deve impactar as projeções do mercado para a taxa de juros no país. Um dado que mostre uma inflação resiliente pode reduzir a confiança do mercado de que os juros atingiram seu pico, enquanto um número indicando o processo de convergência da inflação para a meta de 2% pode renovar o fôlego de alta das bolsas americanas. Ao longo do dia, também teremos os discursos de membros do FED, que devem ser mais um ponto de atenção do mercado durante o pregão.
Na Europa, as bolsas operam no terreno positivo. Os dados preliminares do PIB da Zona Euro mostraram queda de 0,1% em setembro, em linha com as estimativas do Investing. Na Alemanha, o índice de Percepção Econômica ZEW subiu para 9,8 em novembro, acima das estimativas do Investing de 5,0. Na Zona Euro, o mesmo índice subiu para 13,8 no mês, ante estimativas do Investing de 6,1. Ao longo do dia, o mercado ainda deve acompanhar os discursos de membros do Banco Central Europeu (BCE), do Banco da Inglaterra (BoE) e do Fed.
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em alta. Em Tóquio, o Nikkei apresentou valorização de 0,34%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,17%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi apresentou valorização de 1,23%. Na China continental, o Shangai Composto fechou em alta de 0,31%, e o Shenzen Composto subiu 0,38%. Entre os eventos mais importantes para a região nesta semana, está o encontro entre os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, no decorrer da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico amanhã.
O petróleo opera em leve alta. Os ganhos no hoje diminuíram após a AIE (Agência Internacional de Energia) divulgar em seu relatório mensal que deve acontecer uma expansão de 1,7 milhão de barris de petróleo por dia em 2023, puxada principalmente pela produção recorde nos EUA. Em relação ao minério de ferro, a commodity apresentou leve alta em Dalian. O minério segue operando com base nas perspectivas de que ocorra uma melhora da economia chinesa com os estímulos econômicos implementados pelo governo local.
A Itaúsa divulgou que suas empresas investidas apresentaram um resultado recorrente de R$ 4,4 bilhões no terceiro trimestre do ano. Houve crescimento de 23% na comparação anual. O resultado foi puxado principalmente por Itaú Unibanco, Copa Energia, Grupo CCR e Aegea, além do efeito contábil da mudança no reconhecimento da participação na XP de equivalência patrimonial para ativo financeiro disponível para venda. O lucro líquido recorrente da holding foi de R$ 4,6 milhões, crescimento de 29% ante o mesmo período do ano anterior. A companhia ainda divulgou que o seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de Juros sobre o Capital Próprio (JCP) no valor total de R$ 0,02 por ação. A data ex-dividendos ocorrerá no dia 01/12/2023, com o pagamento acontecendo no dia 20/12/2023.
Magazine Luiza apresentou uma receita líquida de R$ 8,5 bilhões no terceiro trimestre do ano. Houve uma queda de 2,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O número é explicado pelo menor volume de vendas nas categorias de bens duráveis, além da volta do DIFAL (diferença de alíquota de ICMS nas vendas interestaduais), que causou uma elevação na dedução da receita bruta. O lucro líquido no período foi de R$ 331,2 milhões, revertendo o prejuízo do terceiro trimestre de 2022, que foi de R$ 190,9 milhões. O lucro no período foi impulsionado por créditos tributários não recorrentes, decorrentes do entendimento do STF de que não há incidência de Pis/Cofins sobre bonificações recebidas de fornecedores. Desconsiderando os efeitos não recorrentes, a Magazine Luiza apresentou um prejuízo de R$ 143,4 milhões.
A JBS apresentou uma receita líquida de R$ 91,4 bilhões no terceiro trimestre do ano. Houve queda de 7,6% na comparação anual. O faturamento na Seara foi pressionado pela sobreoferta global de aves na comparação anual. Na JBS Brasil, o impacto negativo na receita veio da queda do preço de exportação de carne bovina, principalmente para a China. A apreciação do câmbio foi outro fator que impactou negativamente a receita da companhia. O lucro líquido no período foi de R$ 572,7 milhões, queda de 85,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A queda na receita, o aumento dos custos de produção e o efeito cambial no resultado financeiro pressionaram o lucro no período.
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Veja o fechamento de dólar, euro e Bolsa na segunda-feira (13):
Dólar: -0,136%, a R$ 4,9073
Euro: 0,114%, a R$ 5,252
B3 (Ibovespa): -0,13%, aos 120.410,17 pontos
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