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Após atingir mínima em 2 anos, dólar sobe 0,79%, a R$ 1,664

Da Redação, em São Paulo

04/01/2011 16h36Atualizada em 04/01/2011 17h18

Após atingir a mínima em mais de dois anos, a cotação do dólar comercial fechou em alta de 0,79%, a R$ 1,664 na venda, nesta terça-feira (4).

Um dia antes, a moeda norte-americana fechou valendo R$ 1,651, o menor valor desde 1º de setembro de 2008 (quando valia R$ 1,647).

O Banco Central (BC) manteve as atuações diárias no câmbio e voltou a comprar dólares no mercado à vista em dois momentos. No primeiro leilão, a taxa de corte foi de R$ 1,656. Na segunda rodada, o valor aceito foi de R$ 1,669.

A alta do dólar ganhou força no meio do dia, quando o Ministério da Fazenda convocou a imprensa para uma entrevista coletiva com o ministro Guido Mantega.

Apesar das expectativas em torno de novas ações do governo para conter a valorização do real, Mantega não anunciou nada concreto, mas afirmou que o atual patamar do câmbio prejudica as exportações e que "infinitas" medidas podem ser tomadas.

"O mercado agora pode ficar mais cauteloso. Pode interpretar que ele está dando um aviso", disse José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença, à agência de notícias Reuters.

No ano passado, o governo triplicou o imposto sobre a entrada de capital estrangeiro para investimentos em renda fixa e ameaçou muitas vezes comprar dólares por meio do Fundo Soberano com o objetivo de aumentar a demanda pela moeda.

A ausência de novas medidas já nesta terça-feira, porém, permitiu que o dólar diminuísse a intensidade da alta no final do dia.

Para José Roberto Carreira, gerente de câmbio da Fair Corretora, "basicamente ele só fez comentários, resumiu o que ele já fez e falou um pouco sobre como vai ser daqui para frente. Não acrescentou nada".

Perto do Brasil, o Chile viu a maior alta do dólar em pelo menos uma década após anunciar a maior intervenção cambial da história do país.

O governo pretende comprar até US$ 12 bilhões ao longo de 2011 para frear a valorização do peso, também com o objetivo de proteger as exportações.

(Com informações da Reuters)