Emprego na indústria cai 0,5% em fevereiro e 4,5% em um ano, diz IBGE
O número de trabalhadores na indústria brasileira em fevereiro caiu 0,5% no mês e 4,5% em relação ao mesmo período de 2014. Esse foi o 41º resultado negativo seguido na comparação anual e a maior queda desde novembro do ano passado, quando recuou 4,7% em um ano.
Os dados fazem parte da Pimes (Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário), divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (17). O cálculo já desconta alguns efeitos da economia que são comuns a certos meses do ano, como, por exemplo, uma desaceleração natural do comércio em janeiro na comparação com dezembro (mês das compras de natal e ano novo).
No acumulado dos 12 meses até fevereiro o emprego registrou queda de 3,6%, mantendo a trajetória de queda que começou em em setembro de 2013.
Em janeiro, o emprego industrial teve leve queda no mês, de 0,2%, mas um recuo de 4,1% na comparação anual.
Número de trabalhadores caiu em todos os ramos
Na comparação com fevereiro de 2014, o número de trabalhadores na indústria teve queda nos 18 ramos pesquisados. Máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,2%), produtos de metal (-9,4%) e meios de transporte (-8,7%) tiveram as maiores quedas.
Folha de pagamento tem maior queda anual desde 2003
O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria teve queda de 0,9% em fevereiro. Em janeiro também tinha mostrado queda (-0,6%). Em comparação com o mesmo mês de 2014, caiu 6,1%, maior queda na comparação anual desde abril de 2003, quando foi de -6,8%.
O IBGE registrou leve queda de 0,1% no número de horas pagas aos trabalhadores da indústria em fevereiro. Em janeiro, o número de horas tinha crescido 0,2%. Em relação ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 5,2%, 21ª taxa negativa consecutiva na comparação anual.
Produção industrial teve queda
Em fevereiro, a produção industrial recuou 0,9% no mês e 9,1% no ano, de acordo com dados divulgados no começo do mês pelo IBGE. Seis dos 14 Estados e regiões tiveram diminuição da atividade, com as maiores quedas registradas no Rio de Janeiro (-7,1%) e Bahia (-6,4%).
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