Atendimento do INSS deve ser retomado na 3ª feira, mas médicos mantêm greve
Os servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) aceitaram a proposta oferecida pelo governo e decidiram encerrar a greve, após 78 dias de paralisação.
Os trabalhadores devem retornar ao serviço na segunda-feira (28), mas neste dia irão somente avaliar a quantidade de trabalho acumulado.
O atendimento à população deve ser retomado na terça-feira (29). Porém, os serviços que precisam de perícia média continuam suspensos, porque os peritos continuam em greve.
Acordo com o governo
Os servidores do INSS reivindicavam reajuste nos salários de 27%, para repor as perdas salariais desde 2010, a realização de concurso público para a contratação de mais servidores e a incorporação das gratificações, que representam 70% dos salários.
A proposta firmada com o governo prevê reajuste salarial de 5,5% em 2016 e de 5% em 2017.
"Infelizmente, não foi o esperado pela categoria, mas, analisando a conjuntura política e econômica do país, não tinha como avançar", disse o diretor-executivo da CTNSS (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social), Celio dos Santos. "O governo estava querendo impor 20,3% em quatro anos, queria nos amarrar, nos impedir de nos manifestar nos próximos quatro anos. Essa foi a grande vitória."
A CTNSS concordou com a proposta e decidiu pelo fim da greve. Os sindicatos filiados a ela devem seguir a orientação e retornar ao trabalho na semana que vem.
A outra entidade que representa servidores do INSS, a Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), convocou uma plenária para esta sexta-feira (25) e orientou seus sindicatos a fazerem assembleias também hoje.
A tendência é que sigam a mesma orientação que a CTNSS e ponham fim à paralisação.
Médicos continuam parados
Os peritos médicos do INSS continuam em greve; eles estão parados desde 4 de setembro e não há negociação em andamento.
"Recebemos por e-mail uma proposta completamente equivocada do governo no dia 28 de agosto e, desde então, não tivemos nenhum outro tipo de contato", afirma Luis Argolo, diretor da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social, que representa os trabalhadores desse segmento.
"Esperamos que agora, com o fim da paralisação dos técnicos, eles abram o canal de negociação."
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