Emprego na indústria cai 0,4% em novembro, 11º mês seguido de queda
O total de trabalhadores na indústria brasileira caiu 0,4% em novembro do ano passado, comparado a outubro, 11º mês seguido de queda.
Em relação a novembro de 2014, a queda foi de 7,2%, 50º resultado negativo seguido nesse tipo de comparação. No acumulado de 2015 até novembro, comparado ao mesmo período de 2014, o total de trabalhadores na indústria caiu 6%.
No acumulado dos 12 meses até novembro, o emprego industrial caiu 5,9%, pior resultado desde o início da série histórica, em dezembro de 2000.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes). Na pesquisa anterior, com dados de outubro, a queda do emprego industrial tinha sido de 0,7% no mês e de 7,2% em um ano.
Queda em 17 ramos
Na comparação com novembro de 2014, o emprego na indústria brasileira caiu em 17 dos 18 ramos pesquisados. Apenas petróleo e produção de álcool teve resultado positivo (0,7%).
Segundo o IBGE, as principais pressões negativas vieram de meios de transporte (-14,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-15,8%), máquinas e equipamentos (-10%), borracha e plástico (-12,5%), produtos de metal (-11,7%), vestuário (-9%), minerais não-metálicos (-9,4%), outros produtos da indústria de transformação (-11%), produtos têxteis (-9,2%), metalurgia básica (-9,1%), calçados e couro (-5,1%), papel e gráfica (-3,6%), indústrias extrativas (-5,1%) e madeira (-5,6%).
No acumulado de 2015, até novembro, a queda foi registrada em todos os ramos.
Valor da folha de pagamento cai 2,2%
O valor da folha de pagamento real (ajustado pela inflação) dos trabalhadores da indústria caiu 2,2% na comparação com outubro, quinto mês seguido de queda. Em relação a novembro de 2014, a queda foi de 10,6%, 18ª taxa negativa seguida nesse tipo de confronto.
Em 2015, até novembro, a queda no valor da folha foi de 7,5%, e, no acumulado dos 12 meses, foi de 7,1%, resultado negativo mais intenso desde o início da série.
O número de horas pagas aos trabalhadores caiu 0,2% em novembro e 7,7% na comparação com o mesmo mês de 2014. Em 2015, até novembro, o recuo foi de 6,6%. No acumulado dos 12 meses, caiu 6,5%.
IBGE faz pesquisas diferentes
Existem outras pesquisas sobre emprego apresentadas pelo IBGE, que são mais amplas, pois levam em conta todos os trabalhadores, não apenas os da indústria.
A última Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE é de novembro e mostra desemprego de 7,5%, o pior para o mês desde 2008.
A última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua mensal registrou desemprego de 9% no trimestre de agosto a outubro do ano passado, o maior desde 2012.
Neste ano, o IBGE deve acabar com a Pimes e com a PME, e manter apenas a Pnad Contínua.
Corte de vagas com carteira
Além do IBGE, o Ministério do Trabalho também apresenta dados sobre emprego, levando em conta o número de contratações e demissões de pessoas com carteira assinada, baseados no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Na última quinta-feira (21), o Ministério divulgou que o Brasil perdeu 1,54 milhão de vagas de trabalho com carteira em 2015, pior resultado para um ano desde o início da série, em 1992.
A indústria foi o setor que mais cortou vagas no ano passado, com 608.878 a menos.
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