País cria 137,3 mil vagas com carteira e tem melhor setembro desde 2013
O Brasil criou 137.336 vagas de emprego com carteira assinada em setembro, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta segunda-feira (22). É o melhor resultado para o mês desde 2013, quando o país gerou 211.068 vagas formais.
Esse resultado é o saldo, ou seja, a diferença entre contratações e demissões. Em setembro, foram 1.234.591 contratações e 1.097.255 demissões. Com isso, o total de pessoas com carteira assinada no país chegou a 38.507.474 no mês passado.
No mês anterior (agosto), haviam sido criadas 110.431 vagas formais. Em setembro de 2017, o país havia aberto 34.392 postos com carteira.
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País totaliza 719 mil vagas no ano
De janeiro até o mês passado, o país gerou 719.089 novas vagas com carteira assinada. No acumulado em 12 meses, foram criados 459.217 empregos com carteira.
Se mantiver a tendência até o fim do ano, o Brasil deve interromper uma sequência de três anos de queda, quando foram perdidos mais de 2,88 milhões de empregos formais, entre 2015 e 2017.
Setor de serviços puxa alta
Com exceção da agropecuária, todos os setores ganharam postos de trabalho. O destaque foram os serviços:
- Serviços: +60.961
- Indústria de transformação: +37.449
- Comércio: +26.685
- Construção civil: +12.481
- Serviços industriais de utilidade pública: +1.091
- Administração pública: +954
- Extração mineral: +403
- Agropecuária: -2.688
Trabalho intermitente
Pela modalidade de trabalho intermitente, que é a possibilidade de trabalhar sem horário fixo e ganhando apenas pelas horas trabalhadas, foram registradas 6.072 contratações e 1.791 demissões em setembro, um saldo positivo de 4.281.
As contratações desse tipo se concentraram no setor de serviços (2.078),construção civil (942) e comércio (579). O trabalho intermitente foi instituído pela reforma trabalhista, em vigor desde 11 de novembro de 2017.
Salários
O salário médio de admissão em setembro foi de R$ 1.516,89, enquanto a média na demissão foi de R$ 1.684,39. Quando descontada a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), houve queda de R$ 26,74 (-1,73%) no salário de admissão e de R$ 17,94 (-1,05%) no salário de desligamento, em comparação com o mês anterior.
IBGE faz pesquisa diferente
Os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho consideram apenas os empregos com carteira assinada.
Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam em conta todos os trabalhadores, com e sem carteira.
A última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua registrou que o Brasil tinha, em média, 12,7 milhões de desempregados no trimestre encerrado em agosto.
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