País cria 58.664 vagas com carteira e tem melhor novembro em 8 anos
O Brasil criou 58.664 vagas de emprego com carteira assinada em novembro, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados na tarde desta quinta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho. É o melhor resultado para o mês desde 2010, quando foram geradas 138.247 vagas formais.
Novembro é o quinto mês seguido com resultado positivo na criação de empregos com carteira. A última queda foi em junho (661 vagas).
Esse resultado é o saldo, ou seja, a diferença entre contratações e demissões. Em novembro, foram 1.189.414 contratações e 1.130.750 demissões.
Na comparação com o mês anterior (outubro), quando foram abertas 57.733 vagas, o saldo do emprego formal ficou praticamente estável.
País totaliza 858,4 mil vagas no ano
De janeiro até o mês passado, o país acumula abertura de 858.415 vagas com carteira assinada.
Se mantiver a tendência até o fim do ano, o Brasil deve interromper uma sequência de três anos de queda, quando foram perdidos mais de 2,88 milhões de empregos formais, entre 2015 e 2017.
Comércio e serviços puxam alta
Dos oito setores analisados, apenas dois resgistram abertura de vagas, enquanto seis tiveram saldo negativo de empregos.
- Comércio: +88.587
- Serviços: +34.319
- Serviços industriais de utilidade pública: -543
- Extração mineral: -744
- Administração pública: -1.122
- Construção civil: -13.854
- Agropecuária: -23.692
- Indústria de transformação: -24.287
Trabalho intermitente
Pela modalidade de trabalho intermitente, que é a possibilidade de trabalhar sem horário fixo e ganhando apenas pelas horas trabalhadas, foram registradas 10.446 contratações e 2.597 demissões em novembro, um saldo positivo de 7.849 empregos.
As contratações desse tipo se concentraram no setor de serviços (2.765), comércio (2.722) e construção civil (1.552). O trabalho intermitente foi instituído pela reforma trabalhista, em vigor desde 11 de novembro de 2017.
Salários
O salário médio de admissão em novembro foi de R$ 1.527,41, enquanto a média na demissão foi de R$ 1.688,71. Quando descontada a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), houve aumento de R$ 3,20 (+0,21%) no salário de admissão e de R$ 22,44 (+1,35%) no salário de desligamento, em comparação com o mês anterior.
IBGE faz pesquisa diferente
Os dados do Caged consideram apenas os empregos com carteira assinada. Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam em conta todos os trabalhadores, com e sem carteira.
A última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua registrou que o Brasil tinha, em média, 12,4 milhões de desempregados no trimestre encerrado em outubro.
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