País fecha 661 vagas com carteira em junho, mas tem 1º semestre positivo
O Brasil voltou a perder vagas com carteira assinada em junho, após cinco meses seguidos de resultados positivos. No mês passado, o número de demissões (1.168.192) superou o de contratações (1.167.531 contratações), com um saldo de 661 postos de trabalho fechados.
Ainda assim, o resultado foi positivo no acumulado do primeiro semestre: mais 392.461 empregos com carteira assinada.
Em junho do ano passado, houve abertura de 9.821 vagas. Em maio, haviam sido gerados 33.659 empregos formais. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados nesta sexta-feira (20).
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Comércio e indústria fecham vagas
Dos oito setores avaliados pela pesquisa, só três abriram mais vagas do que fecharam: agropecuária, serviços industriais de utilidade pública e serviços. O comércio e a indústria puxaram o resultado negativo.
- Agropecuária: +40.917
- Serviços Industriais de Utilidade Pública: +1.151
- Serviços: +589
- Extrativa Mineral: -88
- Administração Pública: -855
- Construção Civil: -934
- Indústria: -20.470
- Comércio: -20.971
Trabalho intermitente
Segundo o ministério, a reforma trabalhista, em vigor desde 11 de novembro de 2017, "já pode ser mensurada pelas estatísticas do mercado de trabalho".
Pela modalidade de trabalho intermitente, que é a possibilidade de trabalhar sem horário fixo e ganhando apenas pelas horas trabalhadas, foram registradas 4.068 contratações e 1.380 demissões em junho.
As contratações desse tipo se concentraram no setor de serviços (1.348), no comércio (483) e na indústria (366).
Salários
O salário médio de admissão em junho foi de R$ 1.534,69, enquanto a média na demissão foi de R$ 1.688,25. Quando descontada a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), houve queda de R$ 12,26 (-0,79%) no salário de admissão e de R$ 18,25 (-1,07%) no salário de desligamento, em comparação com o mês anterior.
Resultado em 2017
O Brasil fechou 20.832 vagas com carteira assinada em 2017, terceiro ano seguido no vermelho, apesar do início da recuperação econômica e da vigência das mudanças trabalhistas defendidas pelo governo para impulsionar o número de vagas.
O resultado foi melhor do que os registrados nos dois anos anteriores. Em 2016, o país havia fechado 1.326.558 vagas e, em 2015, 1.534.989.
IBGE faz pesquisa diferente
Os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho consideram apenas os empregos com carteira assinada.
Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam em conta todos os trabalhadores, com e sem carteira.
A última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua registrou que o Brasil tinha, em média, 13,2 milhões de desempregados no trimestre encerrado em maio.
(Com Reuters)
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