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Brasil cria 33.659 vagas com carteira em maio, no 5º mês de saldo positivo

Do UOL, em São Paulo

20/06/2018 15h31Atualizada em 20/06/2018 18h19

O Brasil criou 33.659 vagas com carteira assinada em maio, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta quarta-feira (20). Foi o quinto resultado positivo consecutivo.

O número de empregos criados é o saldo, ou seja, o total de contratações menos o de demissões no período. Em maio, foram 1.277.576 contratações contra 1.243.917 demissões, totalizando o saldo de 33.659 empregos criados. No acumulado do ano até maio, o país gerou 381.166 postos com carteira assinada, segundo o Caged.

O resultado de maio, no entanto, teve uma queda de 82.239 empregos em relação a abril, quando foram criadas 115.898 vagas com carteira. Na comparação com maio de 2017, quando houve abertura de 34.253 vagas, a redução foi de 594 postos de trabalho.

Leia também:

Agropecuária lidera contratações formais

Dos oito setores avaliados pela pesquisa, seis apresentaram saldo positivo na criação de vagas. A agropecuária foi o setor que mais gerou empregos no mês.

  • Agropecuária: + 29.302
  • Serviços: + 18.577
  • Construção Civil: + 3.181
  • Serviços Industriais de Utilidade Pública: + 555
  • Extrativa Mineral: + 230
  • Administração Pública: + 197
  • Indústria: - 6.464
  • Comércio: - 11.919

Trabalho intermitente

Segundo o ministério, a reforma trabalhista, em vigor desde 11 de novembro de 2017, "já pode ser mensurada pelas estatísticas do mercado de trabalho". Pela modalidade de trabalho intermitente, que é a possibilidade de trabalhar sem horário fixo e ganhando apenas pelas horas trabalhadas, foram registradas 4.385 contratações e 1.165 demissões em maio.

As contratações desse tipo se concentraram no setor de serviços (1.388), no comércio (690) e na indústria (613).

Salários

O salário médio de admissão em maio foi de R$ 1.527,11, enquanto a média na demissão foi de R$ 1.684,34. Quando descontada a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), houve queda de R$ 10,33 (-0,67%) no salário de admissão e de R$ 8,08 (-0,48%) no salário de desligamento, em comparação ao mês anterior.

Temer antecipa dados

Pouco antes da divulgação oficial pelo Ministério do Trabalho, o presidente Michel Temer usou o seu perfil no Twitter, para antecipar os dados sobre empregos. 

"Acabo de receber os números do Caged. Foram criados mais de 33 mil empregos formais no mês de maio no Brasil, com destaque para o Sudeste e Nordeste. No acumulado do ano, passamos de 380 mil novos postos de trabalho", escreveu o presidente.

Resultado em 2017

O Brasil fechou 20.832 vagas com carteira assinada em 2017, terceiro ano seguido no vermelho, apesar do início da recuperação econômica e da vigência das mudanças trabalhistas defendidas pelo governo para impulsionar o número de vagas.

O resultado foi melhor do que os registrados nos dois anos anteriores. Em 2016, o país havia fechado 1.326.558 vagas e, em 2015, 1.534.989.

IBGE faz pesquisa diferente

Os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho consideram apenas os empregos com carteira assinada. 

Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam em conta todos os trabalhadores, com e sem carteira.

A última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua registrou que o Brasil tinha, em média, 13,4 milhões de desempregados no  trimestre encerrado em abril.

(Com Reuters)

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