País cria 115.898 vagas com carteira em abril, melhor mês em mais de 3 anos
O Brasil criou 115.898 vagas com carteira assinada em abril. É o melhor resultado mensal em mais de três anos: em setembro de 2014, foram criados 123.785 postos de trabalho. Também é o melhor saldo para o mês de abril desde 2013, que fechou com 196.913 empregos formais gerados.
O número de empregos criados é o saldo, ou seja, o total de contratações menos o de demissões no período. Em abril, foram 1.305.225 contratações e 1.189.327 demissões.
Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados nesta sexta-feira (18) pelo Ministério do Trabalho. Em março, foram criados 56.151 postos de trabalho.
Leia também:
- Se economia está melhorando, por que falta de trabalho bate recorde?
- Justiça diz que trabalho antes dos 14 anos é válido para se aposentar
- Ela conseguiu o emprego dos seus sonhos: é paga para assistir à Netflix
Temer rebate críticas sobre desemprego
Pouco antes da divulgação oficial do Caged, o presidente Michel Temer anunciou os dados em primeira mão durante um evento com empresários em São Paulo.
Na ocasião, o presidente aproveitou para rebater críticas sobre a alta do desemprego. Temer afirmou que é preciso "confiar no que está acontecendo no Brasil" e que seu governo olha para o futuro e não se apega ao passado.
Serviços lideram contratações formais
Todos os oito setores avaliados pela pesquisa apresentaram saldo positivo na criação de vagas. O setor de serviços foi o que mais gerou empregos no mês.
- Serviços: + 64.237
- Indústria: + 24.108
- Construção Civil: + 14.394
- Comércio: + 9.287
- Agropecuária: + 1.591
- Administração Pública: + 980
- Extrativa Mineral: + 720
- Serviços Industriais de Utilidade Pública: + 581
Trabalho intermitente
Segundo o ministério, a reforma trabalhista, em vigor desde 11 de novembro de 2017, "já pode ser identificada nas estatísticas do mercado de trabalho, ainda que de forma incipiente". Pela modalidade de trabalho intermitente, que é a possibilidade de trabalhar sem horário fixo e ganhando apenas pelas horas trabalhadas, foram registradas 4.523 contratações e 922 demissões em abril.
As contratações desse tipo se concentraram no setor de serviços (1.580), na construção civil (879) e no comércio (564).
Salários
O salário médio de admissão em abril foi de R$ 1.532,73, enquanto a média na demissão foi de R$ 1.688,34. Quando descontada a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), houve aumento de R$ 18,47 (+1,22%) no salário de admissão e crescimento de R$ 24,92 (+1,5%) no salário de desligamento, em comparação ao mês anterior.
Resultado em 2017
O Brasil fechou 20.832 vagas com carteira assinada em 2017, terceiro ano seguido no vermelho, apesar do início da recuperação econômica e da vigência das mudanças trabalhistas defendidas pelo governo para impulsionar o número de vagas.
O resultado foi melhor do que os registrados nos dois anos anteriores. Em 2016, o país fechou 1.326.558 vagas e em 2015, 1.534.989.
IBGE faz pesquisa diferente
Os dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho consideram apenas os empregos com carteira assinada.
Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam em conta todos os trabalhadores, com e sem carteira.
A última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua registrou que o Brasil tinha, em média, 13,7 milhões de desempregados no primeiro trimestre.
(Com Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.