País abre 56.151 vagas com carteira, melhor saldo para março em 5 anos
O Brasil abriu 56.151 vagas com carteira assinada em março deste ano. É o melhor resultado para o mês de março desde 2013, quando registrou abertura de 112.450 postos com carteira.
Esse é também o terceiro mês seguido de saldo positivo. Em fevereiro, foram criados 61.188 postos de trabalho.
O número de empregos criados é o saldo, ou seja, o total de contratações menos o de demissões no período. Em março foram 1.340.153 contratações e 1.284.002 demissões.
Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados nesta sexta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho.
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Setor de serviços contrata; agropecuária demite
De oito setores avaliados pela pesquisa, o setor de serviços criou o maior número de vagas com carteira em março. A agropecuária foi o que mais fechou vagas.
- Serviços: + 57.384
- Indústria: + 10.450
- Construção Civil: + 7.728
- Administração Pública: + 3.660
- Extrativa Mineral: + 360
- Serviços Industriais de Utilidade Pública: + 274
- Comércio: - 5.878
- Agropecuária: - 17.827
Trabalho intermitente
Segundo o ministério, a reforma trabalhista, em vigor desde 11 de novembro de 2017, "já pode ser identificada nas estatísticas do mercado de trabalho, ainda que de forma incipiente". Pela modalidade de trabalho intermitente, que é a possibilidade de trabalhar sem horário fixo e ganhando apenas pelas horas trabalhadas, foram registradas 4.002 contratações e 803 demissões em março.
As contratações desse tipo se concentraram no setor de serviços (1.506), na indústria (617) e na construção civil (538).
Salários
O salário médio de admissão em março foi de R$ 1.496,58, enquanto a média na demissão foi de R$ 1.650,88. Quando descontada a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), houve aumento de R$ 15,78 (+1,07%) no salário de admissão e crescimento de R$ 4,51 (+0,27%) no salário de desligamento, em comparação a fevereiro de 2018.
Resultado em 2017
O Brasil fechou 20.832 vagas com carteira assinada em 2017, terceiro ano seguido no vermelho, apesar do início da recuperação econômica e da vigência das mudanças trabalhistas defendidas pelo governo para impulsionar o número de vagas.
O resultado foi melhor do que os registrados nos dois anos anteriores. Em 2016, o país fechou 1.326.558 vagas e em 2015, 1.534.989.
IBGE faz pesquisa diferente
Os dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho consideram apenas os empregos com carteira assinada.
Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam em conta todos os trabalhadores, com e sem carteira.
A última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua registrou que o Brasil tinha, em média, 12,6 milhões de desempregados no trimestre de dezembro a fevereiro.
(Com Reuters)
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