País cria 57.733 vagas formais em outubro, 4º mês seguido de saldo positivo
O Brasil criou 57.733 vagas de emprego com carteira assinada em outubro, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados na tarde desta quarta-feira (21) pelo Ministério do Trabalho. É o quarto mês seguido com resultado positivo. A última queda foi em junho (-661 vagas).
Esse resultado é o saldo, ou seja, a diferença entre contratações e demissões. Em outubro, foram 1.279.502 contratações e 1.221.769 demissões. Com isso, o total de pessoas com carteira assinada no país chegou a 38.565.207 no mês passado.
Apesar do saldo positivo em outubro, o resultado representa uma queda na geração de empregos na comparação com o mês anterior (setembro), quando foram criadas 137.336 vagas formais. Também houve queda em relação a outubro de 2017, quando o país gerou 76.599 postos com carteira.
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Temer antecipa dados
Pouco antes da divulgação oficial do Ministério do Trabalho, o presidente Michel Temer antecipou os dados do Caged em sua conta no Twitter. "Recebi a informação de que criamos mais de 57 mil novas vagas de empregos formais em outubro. (...) Isso significa que o Brasil está no rumo certo", disse o presidente.
Recebi a informação de que criamos mais de 57 mil novas vagas de empregos formais em outubro. No acumulado do ano, são mais de 790 mil, um crescimento de 2,09%. Isso significa que o Brasil está no rumo certo.
— Michel Temer (@MichelTemer) 21 de novembro de 2018
País totaliza 790,6 mil vagas no ano
De janeiro até o mês passado, o país gerou 790.579 novas vagas com carteira assinada. No acumulado em 12 meses, foram criados 444.483 empregos formais.
Se mantiver a tendência até o fim do ano, o Brasil deve interromper uma sequência de três anos de queda, quando foram perdidos mais de 2,88 milhões de empregos formais, entre 2015 e 2017.
Comércio puxa alta
Dos oito setores analisados, seis tiveram saldo positivo de empregos, enquanto dois fecharam vagas.
- Comércio: +34.133
- Serviços: +28.759
- Indústria de transformação: +7.048
- Construção civil: +560
- Extração mineral: +377
- Serviços industriais de utilidade pública: +268
- Administração pública: -353
- Agropecuária: -13.059
Trabalho intermitente
Pela modalidade de trabalho intermitente, que é a possibilidade de trabalhar sem horário fixo e ganhando apenas pelas horas trabalhadas, foram registradas 7.545 contratações e 2.701 demissões em outubro, um saldo positivo de 4.844 empregos.
As contratações desse tipo se concentraram no setor de serviços (2.390), comércio (1.430) e construção civil (561). O trabalho intermitente foi instituído pela reforma trabalhista, em vigor desde 11 de novembro de 2017.
Salários
O salário médio de admissão em outubro foi de R$ 1.528,32, enquanto a média na demissão foi de R$ 1.672. Quando descontada a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), houve queda de R$ 6,89 (-0,45%) no salário de admissão e de R$ 16,86 (-1%) no salário de desligamento, em comparação com o mês anterior.
IBGE faz pesquisa diferente
Os dados do Caged consideram apenas os empregos com carteira assinada. Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam em conta todos os trabalhadores, com e sem carteira.
A última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua registrou que o Brasil tinha, em média, 12,5 milhões de desempregados no trimestre encerrado em setembro.
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