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Acha que estudar legislação para concurso é um saco? Veja 5 dicas

Claudia Varella

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/05/2019 04h00

Você está estudando para prestar concursos públicos, mas não gosta das matérias de legislação? Em geral, questões relativas a leis fazem parte de provas de concursos tanto para nível médio quanto superior.

Segundo a Central de Concursos, escola de cursos preparatórios, o estudo das leis focado na redação literal, sem nenhuma interpretação de professor ou especialista, é um grande obstáculo na vida dos concurseiros. O vocabulário é diferente e falta contextualização.

Se você é daqueles que acham um saco estudar legislação sozinho, veja cinco dicas que podem facilitar a sua vida durante a preparação e também na hora da prova.

1) Pesquise sobre a criação da lei

Antes de iniciar a leitura de qualquer lei, tente entender o porquê de ela ter sido criada. Por exemplo: Antes de estudar a lei nº 11.343/2006, conhecida como a "Lei de Tóxicos", é preciso entender que ela foi criada para revolucionar a forma com que o poder público encara o problema das drogas.

"Antes, a questão dos entorpecentes era um problema exclusivamente de segurança e passou a ser encarada como um problema de saúde. Sem esse entendimento, fica mais difícil compreender as diferenças entre as sanções aplicadas pelos artigos 28 (usuário) e 33 (tráfico) desta lei. São questões cobradas nos concursos da Polícia Civil e nos concursos internos da Polícia Militar para ingresso na Escola Superior de Sargento", afirmou Izabela Dornelas Corrêa, professora de Direito Administrativo e Criminologia, da Central de Concursos.

2) Use dicionário para entender palavras antigas

Estudar leis muito antigas pode fazer você ter contato com palavras nada usuais nos dias de hoje.

Um exemplo é a lei estadual 10.261/1968, cobrada nos concursos para soldado da Polícia Militar de São Paulo e também para ingresso na Academia de Polícia Militar do Barro Branco. A lei é cobrada também em provas de concursos para todos os cargos da Polícia Civil e escrevente técnico do Tribunal de Justiça de São Paulo.

"Essa é uma lei de 1968, que tem ainda vocabulário arcaico [antiquado]. O aluno precisa estudar a lei com uma aba do Google aberta para pesquisar o significado de palavras e termos antigos, como a expressão 'praticar a usura' [práticas para ter ganho financeiro excessivo], que está no artigo 243", afirmou Izabela.

3) Estudar menos e entender mais

Para a professora, é melhor ler apenas cinco artigos por dia entendendo cada um deles, do que ler a lei inteira e não entender nada.

"É preferível você estudar a fundo os artigos para entendê-los, de fato. Para isso, interprete cada artigo, busque exemplos, tente relacionar o que leu com alguma situação do cotidiano. O aluno precisa entender o que aquela lei diz", declarou ela.

4) Resolva questões de provas anteriores

Se você tiver pouco tempo disponível por dia para estudar legislação, opte por resolver questões de provas anteriores. Segundo Izabela, essa é uma forma de o candidato se familiarizar com a abordagem do tema em provas.

Por exemplo: se você resolver dez questões por dia, ao final do mês serão 300 questões. Ou seja, você acaba lendo 300 artigos mais cobrados em provas anteriores.

"Mesmo que erre todas as questões, ao ver a alternativa correta no gabarito, o aluno acaba lendo uma parte da lei", disse.

Para ela, a resolução de questões é uma forma mais dinâmica, interativa e desafiadora do que a simples leitura da lei.

5) Fique atento a pegadinhas na prova

Nas provas de concursos, é comum haver pegadinhas nas perguntas sobre artigos de lei, como troca de palavras que podem mudar todo o significado da alternativa.

Por exemplo: há troca do termo "vedado" por "permitido" ou de "facultado" por "obrigatório".

"Uma palavrinha pode mudar o significado. E ainda faz você perder uma questão e cair várias posições na classificação final. Mas, se você estiver afiado por ter entendido a lei, saberá perceber isso.

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