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Vai prestar concurso público? 7 dicas para mandar bem na prova de português

Claudia Varella

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/04/2018 04h00

Na prova de Língua Portuguesa de um concurso público, você não deve perder tempo lendo primeiro o texto que servirá de base para as questões. Antes de fazer isso, é preciso ler as próprias questões que se referem a ele.

Só depois de saber quais são as perguntas, você deve ler o texto, para ir direto ao ponto. Isso pode poupar uns dez minutos, o que é muito em uma prova. A dica é de Tatiane Felix, 37, professora de Língua Portuguesa da Central de Concursos, que atua em preparação para concursos públicos há 14 anos.

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"Ler e prestar atenção aos enunciados antes de tudo é o ideal, pois nem sempre as perguntas se referem à interpretação do texto inteiro. Se você lê primeiro o texto, corre o risco de gastar dez minutos na leitura, para descobrir depois que a questão pede apenas para analisar gramaticalmente duas ou três frases. E você perdeu um tempo precioso na prova", declara Tatiane.

O raciocínio não vale para as questões que exigem, de fato, uma análise geral do significado do texto. "Porém, você só saberá disso após checar os enunciados das questões antes", diz.

Veja 7 dicas dadas pela professora:

1) Analisar os enunciados das questões antes de ler o texto

Ao ler os enunciados das questões antes, você irá perceber se será necessário ler o texto inteiro ou não. "Estará ali o norte de qual raciocínio você deve aplicar", afirma.

2) Conhecer o estilo da prova

De acordo com a professora, os principais concursos públicos --para as polícias Civil e Militar de São Paulo, Polícia Federal, Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e Tribunal Regional Eleitoral (TRE)-- são elaborados basicamente pelas mesmas instituições: Vunesp, Cespe e Fundação Carlos Chagas.

"Se você já decidiu o concurso que irá prestar, procure saber qual instituição vai preparar aquela prova. Então, você deve estudar os exercícios de provas anteriores preparados por ela. Cada instituição tem o seu estilo próprio, e caem as mesmas coisas basicamente nas provas", relata.

3) Não estudar a gramática tradicional inteira

Tatiane diz que nem todos os temas gramaticais caem nos principais concursos. Raramente caem questões sobre fonética, fonologia e separação silábica, por exemplo.

"Portanto, se você pegar uma gramática tradicional para estudar, e não aquela focada em concursos, não precisa estudá-la inteira", afirma.

Essa dica reforça a questão de conhecer o estilo de cada prova. "Isso vai ajudá-lo a focar no que realmente tende a cair nas provas", diz a professora.

4) Focar em temas recorrentes

Quem já prestou algum concurso deve ter se deparado com questões pedindo para determinar qual verbo requer a presença dessa ou daquela preposição, ou sobre o uso de crase.

De acordo com Tatiane, concordância, regência, pronomes e análise de classes gramaticais são temas recorrentes em concursos. "Para ter bom resultado em provas, você deve dominar esses campos da nossa Língua Portuguesa", diz.

5) Interpretar o texto sob o ponto de vista do autor

"A maioria das pessoas que presta concurso acha que, na interpretação de texto, o que importa é mostrar como ela mesma interpreta o que está escrito. Mas não. O que importa em questões de interpretação de texto é o candidato mostrar que consegue extrair dados do texto e entender o ponto de vista sob a ótica do autor", relata Tatiane.

Segundo ela, há sempre uma alternativa que emite juízo de valor que não é o do autor. "Há sempre essa pegadinha em questões de interpretação de texto", declara.

6) Leia e mantenha-se informado

Quem lê bastante tem mais chance de ir bem numa prova, principalmente em questões de interpretação de texto, segundo Tatiane.

"Obviamente, quem lê e se mantém informado está mais preparado não só para as questões de português, mas também para as de atualidade e redação."

7) Não é só decorar regra, mas entender contexto

As questões gramaticais de um concurso público são baseadas em textos ali apresentados. Ou seja, o examinador quer saber se o candidato consegue analisar a aplicação da regra dentro de uma oração. Assim, é essencial que não apenas decore a regra, mas que entenda a aplicação dela dentro do contexto.

"São sempre questões aplicadas ao texto. Por exemplo, nunca vão aparecer num concurso enunciados que digam: 'Marque a alternativa em que há uma lista de verbos transitivos'. Haverá, sim, questões que pedirão para o candidato identificar a função do verbo dentro daquele contexto específico. Portanto, não basta saber a regra, tem de se pensar no contexto da oração", diz.

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