Brasil cria 253.083 vagas com carteira assinada em outubro, mostra Caged
O Brasil criou 253.083 empregos com carteira assinada em outubro, o décimo mês seguido de saldo positivo, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O número é a diferença entre 1.760.739 contratações e 1.507.656 desligamentos registrados no mês.
O resultado de outubro representa uma desaceleração em relação a setembro, quando foram criadas 313.902 vagas.
No acumulado do ano até outubro, o saldo é de 2.645.974 vagas de trabalho formais abertas. Agora, o total de empregos com carteira assinada no Brasil é de 41.205.069, o que corresponde a uma alta de 0,62% em relação ao estoque acumulado até o mês passado.
Os números positivos do Caged contrastam com a taxa de desemprego geral no país, que ficou em 12,6% no terceiro trimestre de 2021, atingindo 13,5 milhões de pessoas. O dado foi divulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e se refere ao total de empregos, com e sem carteira assinada.
4 setores com saldo positivo
Em outubro, quatro dos cinco setores da economia registraram saldo positivo na criação de empregos formais. São eles:
- Serviços, com 144.641 novas vagas, distribuídas principalmente nas atividades de informação, comunicação, financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas;
- Indústria geral, com 26.697 novas vagas, concentradas na Indústria de Transformação;
- Comércio, com 70.355;
- Construção, com 17.236.
Com o fechamento de 5.844 postos de trabalho, o setor de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi o único com balanço negativo no mês passado.
Divisão por região
Todas as regiões do Brasil tiveram mais contratações que demissões em outubro, ainda segundo o Caged. Em números absolutos, o Sudeste liderou, com a criação de 121.409 empregos com carteira assinada, seguido pelo Sul (52.938), Nordeste (51.455), Centro-Oeste (17.554) e Norte (8.734).
Considerando a porcentagem de alta entre outubro e setembro, porém, o cenário muda: o Nordeste registrou a maior variação (0,78%), à frente do Sul (0,69%), Sudeste (0,58%), Centro-Oeste (0,50%) e Norte (0,45%).
Expectativa para 2021
Mais cedo, antes da divulgação dos números do Caged, o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, afirmou que o Brasil deverá "continuar crescendo" na criação de empregos formais, devendo "virar" a casa das 2,5 milhões de vagas criadas em 2021.
"Nos dois anos e meio primeiros do presidente Jair Bolsonaro [sem partido], na maior pandemia, nós devemos virar agora a casa dos 2,5 milhões empregos", disse Onyx no 93º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), acrescentando que, "se tudo correr bem até dezembro", o país terá um recorde histórico na geração de emprego formal neste ano.
Mas não é possível fazer esse tipo de afirmação, porque o Caged mudou sua metodologia em 2020, o que impede a comparação com anos anteriores.
Informalidade ainda é alta
Ainda que o Brasil siga criando vagas de emprego com carteira assinada, a informalidade continua alta. Segundo dados do IBGE, o país alcançou uma taxa de informalidade de 40,6% no terceiro trimestre, com mais de 37,7 milhões de trabalhadores atuando informalmente.
Já a proporção de trabalhadores ocupados contribuindo para a Previdência Social diminuiu, ficando em 62,9% no período. No segundo trimestre, de maio a junho, essa fatia era de 63,5%.
"Embora a ocupação venha aumentando, a contribuição de ocupados vem caindo. Porque essa expansão da ocupação parte de trabalhadores informais que geralmente não têm essa contribuição para a Previdência", explicou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
(Com Estadão Conteúdo)
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