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Brasil cria 313.902 vagas com carteira em setembro, diz governo

O total de empregos com carteira no país somou 41.875.905 - iStock
O total de empregos com carteira no país somou 41.875.905 Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

26/10/2021 10h09Atualizada em 26/10/2021 10h33

O Brasil abriu 313.902 vagas de trabalho em setembro, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Esse resultado decorreu de 1.780.161 admissões e de 1.466.259 desligamentos.

O resultado foi pior que a criação líquida de 367.409 postos projetada por analistas em pesquisa Reuters e representa uma desaceleração em relação ao mês de agosto, quando foram criadas 368.091 vagas (dado revisado hoje).

O total de empregos com carteira no país somou 41.875.905, o que representa uma variação de 0,76% em relação ao mês de agosto. No acumulado do ano de 2021, foi registrado saldo de 2.512.937 empregos.

Os números positivos do Caged contrastam com a taxa de desemprego no país de 13,7% no trimestre fechado em julho, atingindo 14,1 milhões de pessoas. O dado foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no mês passado e se refere ao total de empregos, com e sem carteira assinada.

Todos os 5 setores tiveram saldo positivo

Os dados do Caged apontam saldo positivo no nível de emprego nos cinco grupos de atividade econômica

  • Serviços: (+ 143.418 postos)
  • Indústria: (+ 76.169 postos)
  • Comércio (+ 60.809 postos)
  • Construção (+24.513 postos)
  • Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+9.084 postos)

Regiões

Ainda conforme os dados, houve saldo positivo na geração de empregos formais nas cinco regiões brasileiras

  • Sudeste: (+ 139.081 postos)
  • Nordeste: (+ 90.678 postos)
  • Sul: (+ 46.724 postos)
  • Centro-Oeste: (+ 21.371 postos)
  • Norte: (+ 16.122 postos)

BEm

De acordo com o ministério, 2,077 milhões de trabalhadores seguiam com garantia provisória de emprego em setembro graças às adesões ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). Para cada mês de suspensão ou redução de jornada pelo programa, o trabalhador tem o mesmo período de proteção à sua vaga.

O programa foi relançado em abril pelo governo por mais quatro meses neste ano.

Nova metodologia

Desde janeiro do ano passado, o uso do Sistema do Caged foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para as empresas, o que traz diferenças na comparação com resultados dos anos anteriores.

Na metodologia anterior (de 1992 a 2019), o melhor resultado para setembro na série sem ajustes havia sido em 2008, quando foram criadas 282.841 vagas no nono mês do ano.

Com Reuters e Estadão Conteúdo