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Nome sujo: como não cair nessa cilada

Eu já tive o nome sujo e não sabia. Poderia ser uma brincadeira, mas comigo foi exatamente assim. Em 2015, fui assaltada e levaram meu carro. Viajaria no dia seguinte, estava com malas, roupas, itens de valor etc. Acabei encontrando o carro no dia seguinte e bem diferente de quando o vi da última vez...

Espanta-se quem ache que o problema seria pagar a franquia e arrumar todo o carro na oficina - o veículo estava bem danificado, porém não deu perda total. Claro que tive que recorrer à minha reserva de emergência para cobrir esse custo - e ainda bem que estava preparada para situações imprevisíveis como essa. Poderíamos dizer que essa teria sido a primeira grande dor de cabeça, porém o pior veio depois.

Com o roubo, assim como os meus itens pessoais, perdi também os meus documentos. Fora toda a burocracia de solicitar tudo de novo, passar por todo o processo e aguardar os novos, o grande baque foi receber uma ligação de uma loja de departamento com o seguinte script: "Vamos negociar a sua dívida?". Como assim dívida? Eu não devia a ninguém!

Era o que eu pensava até então, mas além de roubarem o carro, ainda roubaram meus dados e criaram cartões de crédito no meu nome. Nesse caso, era uma fatura de R$ 165,00 que me fez ficar com o nome sujo. É comum pensarmos em dívidas altas, exorbitantes... E aqui, vimos que não é necessário muito para ter o nome sujo.

De acordo com o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas, material produzido pela Serasa, 72 milhões de pessoas estão inadimplentes no Brasil em fevereiro de 2024 - o que na prática significa que pelo menos uma conta está sem pagar. Dos endividados, 29,27% são de Bancos/Cartão de crédito e 22,67% de contas básicas como água, luz e gás.

O que fazer para controlar as suas dívidas

Sei que o que aconteceu comigo pode não ser o mais comum, mas independente do motivo de você não ter pagado uma conta, controlar as dívidas é realmente uma tarefa desafiadora. Aqui estão algumas sugestões para lidar com essa situação.

  1. Aja o quanto antes: a incidência de juros de contas atrasadas pode escalar rapidamente, por isso tente pagá-la o mais rápido que você conseguir. Caso não tenha como arcar com o valor nesse momento, verifique junto ao credor para explicar a situação e negociar um novo prazo de pagamento, se possível.
  2. Organização financeira: mantenha um calendário ou utilize aplicativos de gerenciamento financeiro para acompanhar as datas de vencimento das contas. Configure lembretes para garantir que você não se esqueça dos pagamentos.
  3. Automatização de pagamentos: configure pagamentos automáticos para contas regulares, como contas de água, luz, aluguel, entre outras. Isso ajuda a garantir que as contas sejam pagas em dia, mesmo se você esquecer.
  4. Orçamento e planejamento financeiro: crie um orçamento detalhado para acompanhar seus gastos e identificar áreas onde é possível economizar. Reserve uma parte do seu orçamento para despesas inesperadas, como foi o meu imprevisto com o roubo, por exemplo.
  5. Busca por ajuda financeira: se você está enfrentando dificuldades financeiras e não consegue pagar suas contas, considere procurar ajuda de um profissional financeiro ou cursos que te ajudem a mudar a sua mentalidade financeira.

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Dica plus: se você teve os seus dados roubados, imediatamente faça um Boletim de Ocorrências e relate o ocorrido. Foi somente dessa forma que consegui comprovar que a dívida não era minha e limpar o meu nome. Está em dúvida se aconteceu com você também? No site da Serasa, você consegue conferir se o seu nome está negativado.

É importante lembrar que ignorar dívidas não resolve o problema e pode levar a consequências mais graves, como taxas de juros elevadas, cobranças adicionais e danos à sua pontuação de crédito. É melhor enfrentar a situação de frente e procurar soluções viáveis para resolver as dívidas.

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