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Petróleo fecha em seu nível mais alto em 2 anos em NY, com crise na Síria

28/08/2013 17h40Atualizada em 28/08/2013 19h17

NOVA YORK, 28 Ago 2013 (AFP) - Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em seu nível mais alto desde maio de 2011, nesta quarta-feira (28), em Nova York (EUA), impulsionados pelos temores sobre as repercussões em todo o Oriente Médio de uma eventual intervenção militar internacional na Síria.

O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em outubro, que subiu mais de US$ 3 na terça-feira (27), avançou nesta quarta-feira US$ 1,09 no New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 110,10.

Em Londres, a alta do barril de Brent do Mar do Norte para mesma data de entrega negociado no Intercontinental Exchange (ICE) foi ainda mais significativa: aumentou US$ 2,25, a US$ 116,61, seu nível mais alto desde meados de fevereiro.

Vários países ocidentais parecem favoráveis a atacar o regime sírio, acusado de um mortífero ataque com armas químicas na semana passada.

Os aliados russo e iraniano de Damasco alertam sobre a possibilidade de que toda a região seja desestabilizada.

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU não entraram em acordo sobre uma resolução britânica para atacar a Síria. Moscou e Pequim rejeitam a opção militar que preparam Washington, Londres e Paris.

"Os corretores ainda não têm certeza sobre o que acontecerá e, próximo de um feriadão nos EUA (dia do Trabalho na segunda-feira), preferem garantir suas posições caso algo aconteça daqui até a próxima semana", o que aumenta a demanda de petróleo no mercado, considerou Carl Larry, da Oil Outlooks and Opinion.

O mercado "tenta considerar a possibilidade de que o conflito ultrapasse as fronteiras do país, e em particular, que as remessas de petróleo (por meio de oleodutos) se transformem em alvo", destacou Bart Melek, de TD Securities.

Os investidores acompanham de perto a reação do Irã, principal aliado regional do presidente sírio, Bachar al-Assad.

Estas preocupações deixaram em segundo plano o anúncio do Departamento de Energia dos EUA que considerou uma inesperada alta das reservas de petróleo no país na semana encerrada dia 23 de agosto, uma notícia que pressiona para baixo os preços, pois mostra menores níveis de consumo.