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Kerry nega vínculo entre libertação de americanos e suspensão de sanções a Teerã

18/01/2016 15h48

Washington, 18 Jan 2016 (AFP) - O secretário de Estado americano, John Kerry, descartou nesta segunda-feira qualquer vínculo direto entre a libertação de americanos no Irã e o levantamento das sanções contra Teerã.

Durante a intensa atividade diplomática no último fim de semana, cinco iraniano-americanos foram libertados por Teerã no sábado. No dia seguinte, os presidentes dos Estados Unidos e do Irã saudaram a implementação do acordo sobre o programa nuclear iraniano.

Logo depois, foi anunciado o levantamento das sanções impostas por Washington e a União Europeia sobre o Irã.

Kerry considerou que os anúncios coincidiram e que os americanos seriam libertados mesmo se as sanções fossem mantidas.

"Aconteceu que coincidiram, e eu acredito que foi o momento propício, mas não estavam diretamente ligados", afirmou Kerry em uma entrevista à CNN.

"Na verdade, tinha esperança (que a libertação) acontecesse meses atrás, mas apareceram obstáculos e voltamos a negociar", explicou.

Quatro dos prisioneiros, incluindo o correspondente do Washington Post Jason Rezaian, foram libertados em troca da absolvição de sete iranianos acusados de violar as sanções.

Um quinto americano foi libertado em um processo separado.

Kerry também confirmou informações do Washington Post, segundo as quais o voo que traria Rezaian e outros dois detentos foi adiado devido à confusão sobre o destino da esposa do jornalista, Yeganeh.

"Houve problemas porque de alguma forma não havia sido notificado que a esposa de Jason Rezaian o acompanharia", declarou o chefe da diplomacia americana.

No entanto, o governo iraniano rapidamente percebeu que "os termos do acordo incluiu-a", acrescentou.