Novo ministro da Fazenda argentino quer 'dizer a verdade' em Davos
Davos, Suíça, 21 Jan 2016 (AFP) - A Argentina chega ao Fórum de Davos para dizer a verdade aos investidores e se abrir para o mundo, embora sem planos de se reunir com os envolvidos no default, declarou o ministro da Fazenda Alfonso Prat-Gay em entrevista à AFP.
O ministro e seu colega das Relações Exteriores, Susana Malcorra, participaram de encontros bilaterais antes da chegada do presidente Mauricio Macri ao Fórum Econômico Mundial.
"Nunca a Argentina apresentou uma comitiva tão grande e tão importante do ponto de vista político. Há 12 anos que não vinha um representante ao Fórum de Davos, a última vez fui eu (...), com o mesmo espírito de tentar colocar de volta a Argentina no mapa", declarou o ministro à AFP.
Prat-Gay compareceu em 2004 a Davos na qualidade de presidente do Banco Central. A Argentina havia declarado a moratória, em meio a uma enorme crise.
Doze anos depois, esse imbróglio continua sem ser resolvido. Depois de inúmeras peripécias jurídicas na Argentina e nos Estados Unidos, onde um grupo de investidores, alguns deles presentes em Davos nesses dias, conseguiram que a justiça lhes desse razão, obrigando Buenos Aires a renegociar.
O novo governo planeja apresentar na semana que vem uma nova oferta aos fundos denominados "abutres" na presença do mediador nomeado pelo juiz nova-iorquino, Thomas Griesa.
"É muito importante que todas as reuniões que tenhamos nesse momento sejam reuniões oficiais, transparentes, com a participação do mediador", explicou o ministro em uma pausa de sus encontros bilaterais em Davos.
"Não está na agenda reunir-se com alguns dos investidores em Davos", confirmou o ministro.
Entre os assistentes em Davos está o fundador da Elliott Management, Paul Singer, um dos homens que perseguiu a Argentina em tribunais de meio mundo para conseguir ao final a sentença do juiz Griesa em 2012.
Singer não quis dar nenhuma declaração sobre a Argentina em Davos.
"Acreditamos que há que discutir a conta de juros, porque hoje dia é três vezes maior que a de capital. E isso nos parece que não está suficientemente entendido nos fóruns, como o de Davos", comentou Prat-Gay.
Seu governo acredita que a conta pendente supera os 9 bilhões de dólares.
Dizer a verdadeO gabinete Macri tomou decisões econômicas importantes em poucas semanas no poder, começando pela liberalização do câmbio peso-dólar.
"Parte dessa vocação do presidente Macri de integrar-se ao mundo através do diálogo é dizendo a verdade. Um país que durante anos mentiu através de suas estatísticas não é um país em que se acredita, e isso é o que estamos mudando", explicou ministro.
Um dos temas que se abordará oficialmente nos encontros de Davos é a negociação Mercosul-União Europeia.
"Vamos dar (ao Mercosul) um empurrão muito maior do que o que o governo anterior deu. Entendemos que a União Europeia tem que entender o esforço que está sendo feito pelo Mercosul", explicou o ministro.
A chanceler Malcorra deve se reunir no sábado com a comissária europeia de Comércio, Cecilia Maelstrom, para tratar da negociação.
"A mensagem é que estamos dispostos a negociar, esperamos que seja nesse primeiro trimestre e que a troca de ofertas seja realmente o início de uma discussão. Depende da União Europeia, não de nós", explicou a chanceler à AFP.
O ministro e seu colega das Relações Exteriores, Susana Malcorra, participaram de encontros bilaterais antes da chegada do presidente Mauricio Macri ao Fórum Econômico Mundial.
"Nunca a Argentina apresentou uma comitiva tão grande e tão importante do ponto de vista político. Há 12 anos que não vinha um representante ao Fórum de Davos, a última vez fui eu (...), com o mesmo espírito de tentar colocar de volta a Argentina no mapa", declarou o ministro à AFP.
Prat-Gay compareceu em 2004 a Davos na qualidade de presidente do Banco Central. A Argentina havia declarado a moratória, em meio a uma enorme crise.
Doze anos depois, esse imbróglio continua sem ser resolvido. Depois de inúmeras peripécias jurídicas na Argentina e nos Estados Unidos, onde um grupo de investidores, alguns deles presentes em Davos nesses dias, conseguiram que a justiça lhes desse razão, obrigando Buenos Aires a renegociar.
O novo governo planeja apresentar na semana que vem uma nova oferta aos fundos denominados "abutres" na presença do mediador nomeado pelo juiz nova-iorquino, Thomas Griesa.
"É muito importante que todas as reuniões que tenhamos nesse momento sejam reuniões oficiais, transparentes, com a participação do mediador", explicou o ministro em uma pausa de sus encontros bilaterais em Davos.
"Não está na agenda reunir-se com alguns dos investidores em Davos", confirmou o ministro.
Entre os assistentes em Davos está o fundador da Elliott Management, Paul Singer, um dos homens que perseguiu a Argentina em tribunais de meio mundo para conseguir ao final a sentença do juiz Griesa em 2012.
Singer não quis dar nenhuma declaração sobre a Argentina em Davos.
"Acreditamos que há que discutir a conta de juros, porque hoje dia é três vezes maior que a de capital. E isso nos parece que não está suficientemente entendido nos fóruns, como o de Davos", comentou Prat-Gay.
Seu governo acredita que a conta pendente supera os 9 bilhões de dólares.
Dizer a verdadeO gabinete Macri tomou decisões econômicas importantes em poucas semanas no poder, começando pela liberalização do câmbio peso-dólar.
"Parte dessa vocação do presidente Macri de integrar-se ao mundo através do diálogo é dizendo a verdade. Um país que durante anos mentiu através de suas estatísticas não é um país em que se acredita, e isso é o que estamos mudando", explicou ministro.
Um dos temas que se abordará oficialmente nos encontros de Davos é a negociação Mercosul-União Europeia.
"Vamos dar (ao Mercosul) um empurrão muito maior do que o que o governo anterior deu. Entendemos que a União Europeia tem que entender o esforço que está sendo feito pelo Mercosul", explicou o ministro.
A chanceler Malcorra deve se reunir no sábado com a comissária europeia de Comércio, Cecilia Maelstrom, para tratar da negociação.
"A mensagem é que estamos dispostos a negociar, esperamos que seja nesse primeiro trimestre e que a troca de ofertas seja realmente o início de uma discussão. Depende da União Europeia, não de nós", explicou a chanceler à AFP.
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